segunda-feira, 30 de maio de 2011

Livros Apócrifos

Livros Apócrifos

fonte - http://www.luz.eti.br/es_livrosapocrifos-parte1.html

Autor: Walter Andrade Campelo

Cânon

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (II Timóteo 3:16,17 ACF1).

Desde que o homem iniciou o processo de escrita daquilo que por Deus era ordenado, houve a necessidade de se distinguir entre o que era escrito por inspiração divina e o que era escrito meramente por vontade humana. O Espírito de Deus agia de modo a que a pessoa que estava escrevendo tivesse clara noção de que o que ela escrevia era texto autoritativo, ou seja, que estava falando em nome de Deus, logo o que era escrito, era Palavra de Deus. Da mesma forma aqueles que estavam com esta pessoa, também tinham esta noção, proveniente da mesma origem: O Espírito Santo de Deus.

Ao conjunto dos livros que foram reconhecidos como tendo sido escritos desta forma, damos o nome de cânon bíblico. A palavra cânon é proveniente da palavra grega kanwn, que significa cana, junco, bastão ou vareta. Desta forma significando algo que deve estar reto ou ser mantido reto, e assim algo que mede ou que pode ser medido. O termo veio a ser aplicado às Escrituras, para denotar que elas continham a regra autoritativa de fé e prática, o padrão de doutrina e dever2. Parece ter sido Atanásio (séc. IV) o primeiro a tratar a Palavra com este sentido. São, portanto chamados de canônicos os livros que foram inspirados por Deus, os quais compõem as Escrituras Sagradas.


Apócrifo

A palavra "apócrifo" tem origem na palavra grega apokrufov que significa, segundo o léxico de Liddell e Scott, algo "escondido", "secreto", "obscuro", "de difícil compreensão", e é aplicada a textos que têm sua autenticidade incerta ou a escritos cuja autoria é desconhecida ou questionada.

Tanto na teologia judaica quando na cristã, o termo "apócrifo" se refere a qualquer porção de texto pretensamente escriturística, mas que não correspondendo à regra estabelecida para a determinação de um livro como canônico, ficou fora do cânon oficial, sendo considerada, portanto, como um texto cujo conteúdo é espúrio ou falseado, não devendo ser levado em consideração na formação de quaisquer ensinos doutrinários, ou no estabelecimento de quaisquer práticas eclesiásticas.

Uso atual dos apócrifos

Mesmo havendo, em geral, um consenso sobre este assunto entre o povo de Deus, desde tempos remotos, a sociedade em geral não tem este conceito plenamente solidificado, ou claramente compreendido, como conseqüência disto sempre houve escritos seculares que tentam tratar os livros apócrifos como tendo o mesmo grau de autoridade que um texto canônico, ou como tendo ainda maior autoridade, ocorrência esta que tem crescido em quantidade e em vigor nos últimos tempos, como acontece, por exemplo, com o livro (e filme) intitulado "O Código DaVinci" de Dan Brown, o qual baseia muito de sua argumentação em textos apócrifos.

E pior, criou-se, por força do grande misticismo pós-moderno, uma "corrida" aos apócrifos (inclusive por alguns estudiosos cristãos). São pessoas que equivocadamente supõem haver nos livros apócrifos alguma nova "revelação" ou "informação pertinente". Contudo, esta busca é algo extremamente perigoso, uma vez que confiar em informações prestadas por um livro que desde os primórdios do cristianismo foi considerado como sendo falso e espúrio é, para dizer pouco, um ato de grande insensatez. Quem confia no que diz uma testemunha que, sabidamente, ao longo do tempo tem mentido e enganado? Ela pode em algum momento até dizer uma verdade, mas como saber? Como se ter certeza? Lembremo-nos da fábula do menino e do lobo! Em verdade, não é possível ter-se confiança naquilo que diz um livro apócrifo. Sua leitura pode, até certo ponto (DIANTE DE EXTREMA CAUTELA), ser ilustrativa em alguns aspectos, mas, nunca deve ser tomada como tendo autoridade, ou verdade reservada, ou revelação. Deve-se ter absoluto cuidado para não se ter a fé abalada por quaisquer informações encontradas nestes livros. Muitos deles foram escritos exatamente com este objetivo em mente, qual seja, enfraquecer ou abalar a fé dos leitores na Santa Palavra de Deus.

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Livros Deuterocanônicos

O termo deuterocanônico foi primeiramente usado por Sixto de Siena em 1566, para descrever textos do Antigo Testamento, antes considerados apócrifos, mas que a igreja católica romana havia canonizado durante o Concílio de Trento (que ocorreu entre 13/dez/1545 e 04/dez/1563), colocando-os em uma segunda lista de canonização. Este fato lhes dá o nome: deuterocanônicos (segundo cânon). Estas porções de texto foram incluídas juntamente com os textos sagrados, sendo que a igreja católica romana não faz qualquer distinção entre os textos apócrifos (agora deuterocanônicos) e os textos verdadeiramente canônicos. Os escritos que se enquadram neste cânon secundário são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, I e II Macabeus, e partes de Daniel e de Ester. Há que se destacar que os textos deuterocanônicos não são aceitos como canônicos nem pelos judeus, nem pelos protestantes.

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Apócrifos do Antigo Testamento


Livros Deuterocanônicos:

Tobias - Livro que conta a estória de um Judeu reto da tribo de Naftali chamado Tobias enquanto vivia em Nínive, após a deportação das tribos do norte pela Assíria em 721 a.C.

Judite - Livro que conta a estória de uma mulher corajosa e bela em sua maturidade, vestida para festa com todas as suas maravilhosas jóias, acompanhada por uma fiel criada, que obtém sucesso em decapitar o general invasor Holofemes.

Sabedoria - Livro sapiencial, cujo autor clama ser Salomão. Muitos estudiosos atribuem sua autoria a algum judeu alexandrino, pois suas idéias são claramente gregas, mais especificamente, se enquadram no pensamento helenístico alexandrino.

Eclesiástico - Sua autoria é atribuída a alguém chamado Jesus, filho de Sirach. As suposições para a sua data de escrita variam enormemente indo de 247 a.C. a 132 a.C. O livro é formado por reflexões pessoais do autor, e teria sido transcrito por seu neto.

Baruque - Livro é atribuído a Baruque, o escrivão de Jeremias, e foi pretensamente escrito na Babilônia. Traz confissões de pecados, clamor por misericórdia, uma exaltação à sabedoria, uma mensagem aos cativos, e uma carta pretensamente escrita por Jeremias, a qual o próprio Jerônimo, teólogo católico romano, chamou de pseudo-epígrafe (texto escrito por um autor que diz ser outra pessoa).

I Macabeus - Livro histórico que narra o período de aproximadamente um século após a conquista da Judéia pelos gregos sob o comando de Alexandre o Grande. Sem data ou autor definidos, nem no livro, nem em escritos antigos de outros autores. Provavelmente foi escrito entre os últimos anos do 2º século a.C. e antes de 63 a.C.

II Macabeus - Livro que narra a revolta dos judeus contra Antíoco e conclui com a derrota do general sírio Nicanor em 161 a.C. por Judas Macabeus. É uma sinopse composta por um autor desconhecido de um trabalho maior, normalmente atribuído a Jason de Cirene, do qual muito pouco se sabe, exceto pela inferência de que teria vivido em Israel, supõe-se que não tenha sido escrito antes de 124 a.C.

Adições a Daniel - Textos em grego, incluídos junto aos textos originais em hebraico. São os versos 24-90 do capítulo 3 (oração dos jovens na fornalha), e os capítulos 13 (relato de Suzana) e 14 (a farsa do dragão).

Adições a Ester - Textos em grego, incluídos junto aos textos originais em hebraico. Há adições aos capítulos 1, 3, 4, 5, 8, 9 e 10.

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outros..


Livros Anagignoskomena:

III Macabeus


IV Macabeus .

I Esdras

Odes

Oração de Manassés

Salmo 151 .


Livros Pseudo-epígrafes (ou pseudepígrafes)

Ahicar
ou Haiquar .

Apocalipse de Abraão "

Apocalipse de Elias -

Apocalipse de Sidraque

Apocalipse de Sofonias

Apócrifo de Ezequiel

Ascensão de Isaías

Assunção de Moisés

II Baruque .

III Baruque -.

IV Baruque

Conflito de Adão e Eva com Satanás

Livro de Enoque -

II Enoque - .

III Enoque .

História dos Recabitas .

Carta de Aristeas .

Vida de Adão e Eva

Salmos de Salomão -

Pseudo-Filo -

Testamento de Abraão, de Isaque e de Jacó .

Testamento dos Doze Patriarcas -

Visão de Esdras .


Apócrifos do Novo Testamento

Praticamente todos os textos apócrifos do Novo Testamento são pseudo-epígrafes, ou seja, são textos que clamam ter sido escritos por alguém que não os escreveu. Dividem-se em várias categorias, como evangelhos da infância, evangelhos judeu-cristãos, evangelhos rivais aos canônicos, visões, cartas, textos gnósticos, etc.

Evangelhos da Infância

A falta de informação sobre a infância de Jesus nos evangelhos canônicos levou os primeiros Cristãos a uma fome por mais detalhes sobre a juventude de Jesus. Esta fome fez com que no 2º século e depois, alguns escrevessem contando lendas sobre este período da vida do Senhor, nenhum deles canônico, mas certamente populares em seu tempo e depois, sendo que ainda hoje vemos reflexos de seu conteúdo na religiosidade popular.

Proto-evangelho de Tiago .

Evangelho de Tomé da Infância .

Evangelho do Pseudo-Mateus -.

Evangelho Arábico da Infância -.

Outros evangelhos da Infância -.


Evangelhos Judeu-Cristãos

Alguns grupos dentre os primeiros Cristãos mantinham uma forte submissão ao judaísmo, especialmente à lei mosaica, os quais o apóstolo Paulo chamou de judaizantes, acabaram por criar evangelhos segundo suas próprias crenças.

A maior parte destes escritos sobrevive apenas como comentários críticos produzidos por pessoas da cristandade paulina, que eram Cristãos que seguiam os ensinos do apóstolo Paulo, também tratados em I Coríntios 1:12 e 3:4 como "os que são de Paulo".

Evangelho dos Hebreus

Evangelho dos Nazarenos

Evangelho do Ebionitas


Evangelhos rivais dos Evangelhos canônicos

Muitas versões alternativas, grandemente editadas, de evangelhos existiram durante os primórdios do Cristianismo. Estas alterações normalmente serviam para dar suporte a alguma visão religiosa particular, em geral, considerada herética pela igreja primitiva.

Evangelho de Marcion

Evangelho de Mani -.


Evangelhos de Logia (ou de dizeres, frases e parábolas curtas)

Evangelho de Tomé
-.

Evangelho de Felipe -


Evangelhos Morais

Alguns textos tomaram a forma de discursos sobre a moralidade, e em particular sobre a abstinência sexual, normalmente apresentando um debate entre Jesus e um de seus discípulos, estes são os evangelhos morais.

Evangelho dos Egípcios (em Grego)

Evangelho de Tomé, o contendor.


Evangelhos da Paixão

São evangelhos que tratam especificamente da questão da morte e da ressurreição de Jesus.

Evangelho de Pedro ".

Atos de Pilatos -.

Evangelho de Bartolomeu - .

Questões de Bartolomeu -.


Atos dos Apóstolos de Leucius

São textos que tratam da vida dos apóstolos após a ressurreição de Jesus. Todos atribuídos a Leucius Charinus supostamente um discípulo de João o apóstolo, e que se uniu a este em oposição aos Ebionitas.

Atos de João .

Atos de Paulo - É um dos maiores textos apócrifos do Novo Testamento. Foi escrito no final do 2º século d.C. O texto era composto de:

Atos de Paulo e Thecla - Neste texto Paulo está viajando a Icônio, proclamando "a Palavra de Deus sobre a abstinência, a virgindade e a ressurreição". Thecla, é uma virgem jovem e nobre, que ouve os discursos de Paulo sobre a virgindade de sua janela na casa ao lado. Seu noivo então leva Paulo ao governador que o prende. Thecla vai à prisão para ouvir Paulo, e é então condenada por estar dando ouvidos à questão da virgindade à morte na fogueira, mas nada lhe acontece pois Deus manda um chuva e terremotos para apagar as chamas. A história segue nestes termos, até que Thecla foge para uma caverna (estando ainda virgem) e mora lá por mais 72 anos. Aos 90 anos um homem tenta corrompê-la, mas Thecla consegue escapar e vai a Roma onde é enterrada com Paulo.

Epístola dos Coríntios a Paulo - Este escrito clama descrever os ensinos de Simão, o mago, incluindo a idéia de que Deus não é Todo-Poderoso, que a ressurreição é falsa, que Cristo não foi Deus verdadeiramente encarnado corporalmente (idéia docetista), que os anjos fizeram o mundo, e que os profetas foram imprecisos.

Terceira Epístola aos Coríntios - Este texto foi posteriormente separado dos Atos de Paulo. O texto escrito por um Pseudo-Paulo (provavelmente um presbítero cristão em 170 d.C.), é uma resposta à Epístola dos Coríntios a Paulo, e é estruturado para tentar corrigir alguns problemas de interpretação nas Epístolas de I e II aos Coríntios. (canônicas). Em particular a epístola tenta corrigir a interpretação da frase: "a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus" (I Co.15:50), pela qual alguns diziam que a ressurreição não seria corporal.

O Martírio de Paulo - Texto que retrata a morte de Paulo nas mãos de Nero.

Atos de Pedro -.

Atos de André -.

Atos de Tomé - .


Extratos das vidas dos Apóstolos

Atos de Pedro e André
-.

Atos de Pedro e os Doze - .

Atos de Pedro e Paulo - .

Atos de Felipe -.


Epístolas

Há uma série de epístolas não canônicas, mas escritas no formato de epístolas canônicas, muitas das quais (apesar de espúrias) foram bastante consideradas pela igreja primitiva.

Epístola de Barnabé - .

I Clemente - .

II Clemente -.

Epistola dos Coríntios a Paulo - .

Epístola aos Laodicenses -.

Pseudo-Correspondência entre Paulo e Sêneca, o jovem -.


Apocalipses

Apocalipse de Pedro
".

Apocalipse de Paulo -.

Apocalipse de Tomé .

Apocalipse de Estevão.

I Apocalipse de Tiago .

II Apocalipse de Tiago.


Livros dos Pais da Igreja

Enquanto a maior parte dos livros tratados até aqui tenham sido considerados heréticos (especialmente aqueles de tradição gnóstica), outros não foram considerados como sendo particularmente heréticos em seu conteúdo, em muitos casos sendo bem aceitos como obras com alguma significância espiritual. Eles, contudo, não foram considerados canônicos, mas pertencem à categoria de escritos dos pais da Igreja.

I Clemente - Já citada acima.

O Pastor de Hermas - Ou simplesmente "O Pastor". É uma obra Cristã do 2º século, considerada um livro valioso por muitos Cristãos, tendo sido considerada como canônica por alguns pais da igreja. Alguns atribuem sua autoria a Hermas (Rm.16:14). Mas, há grande controvérsia a este respeito. Trata-se de uma alegoria Cristã consistindo de cinco visões dadas a Hermas, um ex-escravo, seguidas de doze mandamentos, e dez parábolas. Apesar da seriedade dos assuntos tratados, o livro foi escrito em um tom otimista e esperançoso, como muitos dos escritos dos primeiros Cristãos. Tem vários e sérios problemas, especialmente quanto à questão da Trindade, e à noção de que a Igreja é uma instituição necessária à salvação.

Didaquê - Antes considerado como perdido, o Didaquê, ou Ensino dos Apóstolos, foi redescoberto em 1883 no Códice Hierosolymitanus de 1053. O texto foi provavelmente escrito já no 1º século, mas tem autoria incerta. O conteúdo pode ser dividido em quatro partes: Os dois caminhos, o caminho da vida e o caminho da morte (1-6), rituais de batismo, jejum e comunhão (7-10), o ministério e como lidar com os ministros itinerantes (11-15) e um breve apocalipse (16). Há no texto, tal qual o recebemos, claros sinais de que foi editado posteriormente para se adequar a certas questões eclesiológicas, como o batismo por aspersão.


Livros Perdidos

Há muitas obras e textos que são mencionados em algumas fontes antigas, mas que nenhuma parte conhecida do texto sobreviveu.

Evangelho de Matias

Evangelho dos Quatro Impérios Celestiais

Evangelho da Perfeição

Evangelho de Eva - Uma citação deste evangelho é dada por Epifânio. É possível que este seja o Evangelho da Perfeição que ele trata em outra parte. A citação mostra que este evangelho era a expressão de um completo panteísmo.

Evangelho dos Doze

Evangelho de Tadeu - Alguns entendem ser este um sinônimo para o Livro de Judas.

Memória Apostólica

Evangelho dos Setenta

Lápide dos Apóstolos

Livro dos feitiços das serpentes

Porção dos Apóstolos


Outros Escritos

Há muitos outros escritos de importância menor, muitos textos gnósticos, e ainda orações, sermões, liturgias e penitências, que não foram citados neste trabalho.


Bibliografia

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WIKIPEDIA, Lista de Livros Apócrifos, Disponível em: [http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_livros_ap%C3%B3crifos]. Acesso em: 13 out. 2006.







Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).



(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)



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domingo, 29 de maio de 2011

ALEXANDRIA - A cidade de Textos e Pessoas Corruptas

Não à Septuaginta LXX versões modernas da Bíblia Orígenes Hexapla Vaticanus Sinaiticus Westcott Hort Texto Crítico alexandrino Alexandria, sim ao Texto Massorético Textus Receptus



Mitos Sobre a Septuaguinta e Traduções Modernas
por Dr. Larry Spargimino
Traduzido para o português por W. Janzen
BÍBLIA, VERSÕES E MANUSCRITOS



Não tudo o que as pessoas acreditam sobre as novas traduções, e a denominada erudição usou em suas produções, passa o teste de escrutínio. De fato, não tudo que as pessoas acreditam sobre erudição Bíblica moderna passa o teste de escrutínio. Por favor não pense que eu sou contra a erudição, porque eu não sou. Mas quando os estudiosos falam sobre coisas que não existem como se elas existissem, eu tenho que registrar um protesto.


Achando o que não Existe

Durante os últimos 100 anos os estudiosos europeus reivindicaram que Mateus, Marcos, Lucas, e João realmente não contaram a verdade sobre Jesus de Nazaré. Supostamente escritores dos Evangelhos fabricaram “histórias de milagres" e "mitos" que fizeram o real Jesus parecer como o eterno Filho de Deus. A verdade sobre Jesus foi perdida? Bem, realmente não. Segundo os estudiosos, a verdade sobre Jesus poderia ser achada em um documento que eles chamaram de "Q". “Q" é a primeira letra no alemão de Quelle, que quer dizer "fonte". Supostamente, “Q" é o documento mais antigo e mais fidedigno que dá a verdade sobre Jesus. Porém, ninguém jamais viu "Q"! só existe nas imaginações vívidas de peritos que não gostam do Jesus dos Evangelhos.
 
Ao redor da mesma época em que os estudiosos do Novo Testamento falavam sobre "Q”, os estudiosos do Velho Testamento falavam sobre JEDP. Estes são os nomes de quatro documentos antigos nos quais o Velho Testamento é supostamente baseado. Os editores antigos levaram pedaço por pedaço de informação destes quatro documentos e de alguma maneira colaram tudo junto para conseguir o nosso presente Velho Testamento. Acreditar em JEDP significa, entre outras coisas, que Moisés não era o autor humano do Pentateuco, e se isso é verdade, Jesus Cristo ensinou erro. Isto também significa que as escrituras de Velho Testamento não são mais fidedignas que lendas populares. Mas, como era o caso com "Q", ninguém também viu alguma vez estes quatro alegados documentos. Eu sei por que. Eles não existem.
Então nós devemos mencionar os alegados 18 anos que Jesus estudou debaixo dos gurus no Oriente. Os evangelhos dizem nada sobre aquele período de tempo entre o décimo segundo ano de vida de nosso Senhor e quando Ele começou o seu ministério terrestre aos 30 anos de idade. Os “New Agers” adoram construir o caso deles sobre a suposta estada de 18 anos do nosso Senhor na Índia. O Jesus real, eles dizem, acreditara como um guru e cantara para as suas devoções matutinas um ummm profundo "..., ummmm..". qual é a prova para estas reivindicações surpreendentes? Durante os recentes anos de 1800 um homem conhecido pelo nome de Nicholas Notovitch, enquanto viajava pelo Tibet, foi informado pelo lamas do Tibete que havia um documento de registro da visita de Jesus no Oriente, e que este documento teria sido achado em um monastério do Himalaia. Porém, como é verdade com "Q" e JEDP, nenhum tal documento jamais foi achado! Se a Bíblia estivesse baseado em nenhuma evidência melhor do que isto, ela teria sido esmagada há muitos anos atrás - e por justa causa.


Mas o que então da Septuaguinta?
 
Muitas reivindicações foram feitas para a Septuaguinta. O prefácio da Bíblia NIV, primeira data 1978 e revisada em 1983, afirma:
Os tradutores. . . consultaram as versões mais antigas e importantes - a Septuaguinta; Aquila, Symmachus e Theodotion. ... Leituras destas versões foram ocasionalmente seguidas onde o Texto Masorético parecia duvidoso e onde princípios de crítica textual apontaram para tal... estas testemunhas textuais pareciam prover a leitura correta.
Outros alegam que a Septuaguinta nos "dá vislumbres da vida de comunidades judaicas no Egito nos séculos imediatamente pré-cristãos, e no pensamento dos primeiros cristãos, para quem esta era a primeira Bíblia.
Embora houvesse um pouco de relutância por parte dos tradutores de Bíblia pôr muita ênfase na Septuaguinta, isto está mudando depressa. "Considerando que quase todos reconhecem a corrupção generalizada da LXX e assim normalmente favoressem o hebraico, a maioria acredita agora que eles podem  escolher a dedo entre os dois para estabelecer o “texto correto”.2 Mas há a possibilidade de a Septuaguinta ser aproximadamente tão real quanto “Q"? Pode a existência da Septuaguinta ser uma fabricação usada contra a Palavra de Deus e ser outro exemplo da agressão satânica de longa data contra as Escrituras? Este é um assunto importante que merece estudo. Em um documento lido em uma reunião da prestigiosa Deacan Society de Burgon, 10-11 de julho de 1996, Dr. Kirk D. DiVietro focaliza afiadamente o assunto:
Você pode perguntar, "Por que, afinal, você está trilhando por esta estrada? O que ela significa para mim?” Ela significa muito para você. A própria autoridade de sua Bíblia está em jogo. A Septuaguinta não é uma tradução literal. Utiliza freqüentemente a teoria de "equivalência dinâmica" de tradução. Às vezes passa malabarismos fantásticos, não-literais, inexatos do hebraico. Se nós aceitamos a alegação de que a LXX foi aceita por Jesus e os escritores das Sagradas Escrituras como a Palavra autorizada de Deus, então nós temos que dissolver esta sociedade, e nos unir ao clube de semana da Bíblia moderna. . . Se Jesus e os escritores de Escritura aceitaram esta como Escritura autorizada então a inspiração plena, verbal da Escritura é irrelevante. Se Jesus e os escritores de Escritura aceitassem esta como Escritura autorizada então a doutrina de preservação é um vexame.3


O que é a Septuaguinta ou LXX?
 
Enns afirma que a “Septuaguinta é uma tradução grega do Velho Testamento hebraico. . . .Ela foi traduzida peça por peça em Alexandria, Egito, entre o anos de 250 e 150 AC. . . . Escritores do Novo Testamento citaram às vezes da Septuaguinta”. 4
Mas que prova temos de tal tradução grega antiga do Velho Testamento que estava disponível a Jesus e aos apóstolos? Não muita, como a seguinte citação indica:
“A tradução foi realizada indubitavelmente durante o 3º e 2º séculos A.C., e é pretendido ter sido acabada já no tempo de Ptolemy II Philadelphus, de acordo com a denominada Carta de Aristeas para Philocrates (c. 130 - 100 A.C.). De acordo com a Carta de Aristeas, o bibliotecário da Alexandria persuadiu Ptolemy II Philadelphus para traduzir a Torá para o grego para uso pelos judeus da Alexandria. A carta menciona que foram selecionados seis tradutores de cada uma das 12 tribos e que eles completaram a tradução em apenas 72 dias. Enquanto os detalhes desta história são indubitavelmente fictícios, o núcleo de fato contido nisto parece ser que o Pentateuco foi traduzido para o grego em algum dia durante a primeira metade do 3º século A.C. Durante os próximos dois séculos o remanescente do VT foi traduzido, como também algum livro apócrifo e não-canônico.”5
Isto é uma admissão espantosa. A única prova de origem da Septuaguinta na era pré-Cristã é a Carta de Aristeas que, de acordo com a citação acima, dá detalhes que são “incontestavelmente fictícios"! Isto é duro de tragar. Nos seminário nós ouvimos muitos pronunciamentos autorizados relativos à grande antigüidade da Septuaguinta. Nossos professores, e os livros de ensino que eles nos fizeram ler, não poderiam estar errados. Seguramente, nós raciocinamos, deve haver alguma evidência definitiva de manuscritos. Bem, há alguma evidência de manuscritos, mas esta não apóia as origens pre-cristãs da Septuaguinta.
Unger escreve: "Os mais velhos e mais importantes manuscritos da Septuaguinta são os seguintes: (a) Códice Vaticanus (b) Códice Alexandrinus. . . (c) Códice Sinaiticus. ".6 Duas coisas golpearão o leitor perspicaz imediatamente. Estes são manuscritos que não são mais antigos do que o quarto século D.C. Além disso, eles são os manuscritos corruptos nos quais o Texto notório de Westcott-Hort é baseado. Se estes são "os mais velhos e mais importante dos manuscritos" da Septuaguinta, nós temos que concluir que os mesmos não são muito velhos e eles não são muito bons. Como professor de seminário, eu tenho ensinado a “linha tradicional" sobre a Septuaguinta. Eu já não farei mais assim.
A afirmação de que o Vaticanus e o Sinaiticus são "os mais velhos e, portanto, os manuscritos mais confiáveis" da Septuaguinta não deve ser ignorado. Jones traz o quadro em aguçado enfoque ao escrever:
Constantemente nos é falado que Vaticanus... e Sinaiticus são os mais velhos manuscritos gregos existentes, conseqüentemente os mais fidedignos e os melhores; que eles são de fato a Bíblia. Ainda o Texto Grego Novo  que substituiu o Textus Receptus representa nas mentes da vasta maioria dos estudiosos o empreendimento privado de apenas dois homens, dois muito religiosos embora homens não convertidos, Westcott e Hort. Estes homens fundaram a “Bíblia” deles baseada quase que exclusivamente na quinta coluna do Velho Testamento de Origen e no Novo Testamento editado pelo mesmo. As leituras do Novo Testamento deles é derivado quase que  exclusivamente sobre apenas cinco manuscritos, principalmente sobre apenas um só - Vaticanus B. Além disso, deve ser visto que o testemunho destes dois manuscritos corrompidos é (sic) quase que o único responsável para todos os erros introduzidos nas Sagradas Escrituras em ambos os testamentos isto através dos críticos modernos!7
Moorman dá dois exemplos de escritores que discutem sobre que não há nenhuma era pre-cristã da Septuaguinta. Uma pessoa era Paul Kahle. Ele desenvolveu a teoria que a LXX teve sua origem nas muitas traduções orais gregas do Velho Testamento que posteriormente foi escrito para uso nos cultos depois da leitura do original hebraico. Peter Ruckman manteve uma posição semelhante. Enquanto Kahle chama a "Carta de Aristeas" de propaganda, Ruckman taxa ela de uma "mera fabricação" e lembra que ninguém produziu uma cópia grega da Septuaguinta que data de antes D.C. 300. Em vez de Jesus e os apóstolos citarem da Septuaguinta, a Septuaguinta cita deles.8


A Reivindicação Que Jesus Usou a Septuaguinta

D. A. Waite desafia a contenção que Jesus citou da Septuaguinta. Em Mateus 5:18 Jesus falou sobre a Lei e disse: "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, {de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido."} nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido." (ACF) Nosso Senhor falou do "i" (J) e do "til", as menores partes das letras hebraicas. Quão pequeno? Bem, o "i" se refere à letra hebraica “yodh” que é do tamanho de uma apóstrofe. Esta é um terço da altura das outras letras hebraicas. O "til" se refere aos chifres, ou extensões minúsculas, de algumas letras hebraicas, como o “daleth”, algo parecido com o golpe vertical do lábio em nosso “m” ou  “n". Isto excluiria uma Bíblia grega. Além disso, o Novo Testamento se refere a uma divisão tripartite do Velho Testamento - lei, profetas e salmos (Lucas 24:27, 44). Os manuscritos do Velho Testamento grego são, porém, entremeados com escritos apócrifos, nunca reconhecidas como "escritura". pelos rabinos, ou por Cristo ou pelos apóstolos.
Waite também nos refere para Mateus 23:35 como sendo apropriada à esta discussão: “Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar".  (ACF)
 
Ele escreve:
Por esta referência, o Senhor pretendeu responsabilizar os Escribas e os Fariseus por todo o sangue de pessoas inocentes derramado do VT inteiro. Abel se acha em Gênese, mas Zacarias se acha em II Crônicas 24:20-22. Se você olha sua Bíblia hebraica, você achará II. Crônicas no último livro (i.é, o último livro na terceira seção, os escritos). Se, por outro lado, você olha em sua edição da Septuaguinta, tal como publicada pela Sociedade Bíblica Americana, 1949, Terceira Edição, editada por Alfred Rahlfs, você vê que ela termina com Daniel seguida por "Bel e o Dragão"!! Isto é prova clara que Nosso Salvador usava o Velho testamento hebraico e não o grego.9
Esta é uma observação significante. A frase, "Abel até Zacarias," é apenas outro modo de declarar, " do início ao fim ". Jesus não disse, "de Abel até Bel e o Dragão".


A Hexapla de Origen
 
Origen compilou a Hexapla, uma edição das escrituras do Velho Testamento com texto hebraico, transliteração para o grego, e as traduções gregas disponíveis, tudo em seis colunas paralelas. A terceira coluna é a versão grega de Aquila seguida pela revisão de Symmachus. A quinta coluna é a revisão pessoal de Origen da LXX, seguida por uma revisão por Theodotion. Origen estava evidentemente preocupado que, até mesmo nos dias dele, havia já várias versões do Velho Testamento grego. Origen foi creditado por produzir "a primeira realmente excelente tentativa de crítica textual."10 Ruckman combate a idéia de que a “quinta coluna" de Origen é a Septuaguinta de erudição moderna.
 
Aquila, Symmachus, e Theodotion não eram seus melhores tipos de tradutores de Bíblia. Aquila (D.C. 80-l35) converteu ao Judaísmo, depois para Cristianismo, e então de volta para o Judaísmo. Enquanto um "Cristão," ele foi excomungado da comunidade por insistentemente se recusar a deixar da astrologia, magia, e necromância. Ele afirmou que Jesus era o "filho bastardo de Maria e um soldado romano loiro de descendência germânica". Igualmente Symmachus e Theodotion tiveram um pouco de visões menos-que-ortodoxas e, junto com Aquila, mexeram com profecia messiânica. Eles substituíram parthenos (“virgem") por neanis (“mulher jovem”)  e buscaram distorcer as Escrituras de forma que isto seria mais compatível com a visão Ebionita deles. 12
 
Então, é óbvio que o Velho Testamento grego teve uma história longa e variada. Este processo de se mexer e revisar continuou, porque nós achamos que após o quarto século houve vários recensos adicionais, i.é., revisões críticas do texto.
 
Nix escreve:
“No início daquele século (o quarto D.C.) Eusebius e Pamphilius cada um publicou a sua própria edição da quinta coluna da Hexapla de Origen. ... O bispo egípcio Heschius (d. 311) tentou o seu recenso próprio da LXX, mas este só sobreviveu em citações feitas por escritores egípcios como Cyril de Alexandria (d.444). Luciano de Samosata e Antioch (d. 311) fizeram outro recenso da LXX que foi preservada em porções citadas nos trabalhos de João Crisóstomo (d. 407) e Theodoret (d. 457).13

Isto é um pedaço espantoso de informação. Mostra que até que Jerome começasse o trabalho com a Vulgata já haviam várias edições de versões do Velho Testamento grego em circulação cada uma das quais era uma "melhoria crítica" da precedente. O grande número de mudanças e variantes na tradução grega do Velho Testamento torna duro de se acreditar que esta tradução é a preservada Palavra de Deus. Realmente, a pessoa é compelida a concordar com Jones quando ele escreve: Tentar reconstruir o Texto hebraico (como muitos ligados às versões modernas estão tentando fazer) de versões tão soltas, deficientes, e de tradução inaceitável seria análogo à tentativa de reconstruir o texto grego do Novo Testamento a partir da Biblia Viva."14


Alexandria - A Cidade de Textos e Pessoas Corruptas
 
Nós não deveríamos esquecer o fato que, como mostrado nas citações acima que dão uma definição da Septuaguinta, que elas tem suas raízes na antiga cidade egípcia de Alexandria. Origen (ca. 185-254) era um dos professores daquela cidade e, até mesmo segundo as palavras ardentes de um admirador, era obviamente um tipo estranho de companheiro:
"Na sua fusão de pensamento grego com exposição bíblica, Origen era o maior teólogo da Igreja grega primordial. A famosa escola catequética da Alexandria alcançou seu zênite debaixo da tutela dele. Filho de um mártir, ele tomou literalmente Mateus 19:12 e se castrou para instruir, sem medo de escândalo, as estudantes femininas dele.”15
 
A cidade antiga de Alexandria, localizada no Delta do Nilo, teve uma reputação pelos seus hereges. Philip Schaff, famoso historiador da igreja e presidente do comitê da American Standard Version (1901) reconheceu que a Alexandria era a fonte de "uma teologia" peculiar baseada nos escritos de Clemente e Origen que desenvolveram "uma forma Cristã regenerada da filosofia religiosa judaica Alexandrina de Philo"16. A tradição corrupta dos manuscritos, encarnado nos códices Vaticanus e Sinaiticus, as principais fontes para o notório texto de Westcott e Hort, são textos de Alexandria. Embora alguns indivíduos orientados eclecticamente poderiam discordar, professores de Alexandria, como Origen, Clemente, e Philo, foram alguns dos mais árduos corruptores do Cristianismo bíblico. Eles não acharam nada de errado com espiritualizar as Escrituras para fazer a mensagem da Bíblia mais saborosa para os cultos Alexandrinos. Como Grady afirma:
“Ao igualar espiritualidade com intelectualismo religioso, a faculdade Bíblica típica venerará uma multidão de hereges egípcios de Clemente até Origen."17


"A Septuaguinta" como uma Tradução
 
Como uma tradução, a Septuaguinta é pobre. Freqüentemente se afasta do hebraico e torce doutrinas importantes. Isaías 9:6 da JFA lê: " Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. ". A divindade desta Criança Maravilhosa é claramente evidente, mas é completamente obliterada na Septuaguinta: " Porque uma criança nos nasceu, e um filho é dado a nós, cujo governo está nos seus ombros: e o nome dele é chamado o Mensageiro de grande deliberação; porque eu trarei paz aos príncipes, e saúde para ele". Um texto tal como encontrado em Bíblias produzidas pelas seitas.
 
Até mesmo estudiosos que não quereriam ser classificados como Fundamentalistas têm reservas sérias contra a Septuaguinta. Blaiklock afirma que a Septuaguinta mostra precisão incorreta e fidelidade questionável ao original hebraico. Como um todo, ele acredita que a retribuição do Pentateuco é uma "tradução razoável", mas II Reis evidência “considerável evidência de erudição hebraica inadequada”. Como uma tradução, a LXX "é arruinada por interpolação piedosa e paráfrases que refletem pressa, ignorância, ou descuido, e às vezes todos os três."18
Mas o Novo Testamento não cita da LXX? Uma citação no NT de uma passagem do VT que não é automaticamente uma citação literal do Texto Masorético não implica necessariamente que o escritor de Novo Testamento estava usando uma versão diferente do Texto Masorético. Em Ef.4:8, por exemplo, o apóstolo Paulo cita Salmo 68:18 (67:18 na LXX), mas a citação não concorda nem com o Texto Masorético nem com a LXX.
 
Quando citações no NT variam do Texto Masorético hebraico do VT não implica necessariamente o uso da LXX. Os escritores do NT, escrevendo debaixo da inspiração do Espírito Santo, sentiram-se livre para levar a passagem de VT a dar um significado mais completo a eles revelado pelo Espírito Santo.


Conclusões Sobre a Septuaguinta
 
DiVietro examinou os três livros do Novo Testamento nos quais os estudiosos liberais reivindicam mais freqüentemente que há citações da Septuaguinta -  João, Atos, e Hebreus - e achou nenhuma prova que a Septuaguinta foi citada. Foram examinadas mais de noventa passagens que os editores do Novo Testamento Grego da Sociedade Bíblica Unida, 3ª Edição, tinham marcado como citações do Velho Testamento e foram descobertos fatos que contradizem as conclusões dos estudiosos textuais favoráveis à Septuaguinta. Até mesmo pequenas citações, de uma única frase, na qual o Textus Receptus e a Septuaguinta às vezes concordam, "este acordo nunca está em variação com o sentido hebraico da frase."19 Isto, certamente, não deveria surpreender porque não existe nenhuma evidência clara ou que até mesmo apenas sugerisse que a Septuaguinta tivesse uma origem pre-cristã.
DiVietro afirma:
Seria errado pressumir que Jesus usou a Septuaguinta. Qualquer liberdade que Ele praticou com o texto das Escrituras hebraicas, Ele o fez como seu autor, não como seu crítico. Estaria, também, errado pressumir que os escritores do Novo Testamento usaram a Septuaguinta como o Velho Testamento autorizado deles. Suas formas características de tradução fornecem nenhuma defesa da prática moderna de tradução de paráfrase e ou equivalência dinâmica. As leituras aberrantes da LXX não deveriam ser elevadas sobre as leituras do Texto Masorético.20



Conclusões Sobre a Bíblia King James
 
Ignorância nunca é uma condição feliz, mas se nós aprendemos de nossos enganos, como eu aprendi de minhas noções errôneas relativas à LXX, nós estamos fazendo progresso na direção certa. Me pasmo quando vejo quantos escritores Cristãos bons e bons professores assumem automaticamente coisas sobre os textos bíblicos defendidos pelos estudiosos. Por exemplo, Dr. Charles Ryrie que fez uma tremenda contribuição para a nossa compreensão das Escrituras, não obstante aceitou o texto de Westcott-Hort (WHT). A Bíblia Estudo de Ryrie tem uma nota em Marcos 16:9-20 que declara: "Estes versículos não constam de dois dos mss mais fidedignos do NT....". Como Vaticanus e Sinaiticus podem ser "fidedignos" quando eles discordam mais de 3.000 vezes entre si?
 
Traduções modernas baseadas no texto corrupto de Wescott e Hort tem nota de rodapé em João7:53-8:11, que conta da mulher pega em adultério, e declara que "estes versículos não constam nos melhores e mais antigos manuscritos”  ou que "eles podem ser autênticos, mas não eram originalmente parte do Evangelho" de João. Mas o que eles não contam a você é que alguns dos pais de igreja, isto é Agostinho e Ambrosio, reconhecem que a passagem em questão é autêntica, mas foi omitida deliberadamente por alguns escribas por temerem que a passagem possa promover imoralidade!21 Este pedaço de informação muda dramaticamente o quadro. É tempo de os cristãos perceberem que nem tudo o que eles leram em comentários e ou dicionários bíblicos é necessariamente verdadeiro.
 
 
End Notes
1. Ira Maurice Price, The Ancestry of Our English Bible, 3rd revised edition by William Irwin and Allen Wikgren (New York: Harper and Brothers, 1956), p. 71.
2. Floyd Jones, The Septuagint (Collingswood, NJ: The Bible for Today, 1995), p. 25.
3. Kirk DiVielro, Did Jesus and the Aposiles Quote from thd Septuagint (DO()? (Collingswood, NJ: The Bible for Today
1996), p. 7.
4. Paul Enns, The Moody Handbook of Theology (Chicago: Mood
Bible Institute, 1989), pp. 173-174.
5. Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, and John Rhea. editors. Wycliff Bible Encyclopedia, vol. 2 (Chicago: Moody Press, 1975), "Ver-
sions, Ancient And Medieval," by William E. Nix.
6. Merrill F. Unger, Unger's Bible Dictionary (Chicago: Moody Press
1957),p.1149f.
7. Jones, p. 50.
8. Jack Moorman, Forever Settled: A Survey of the Documents and
History of the Bible (Collingswood, NJ: The Dean Burgon Society Press, 1999), pp. 17-18.
9. Ibid., pp. 22-23.
10. Nix.
11. Peter 5. Ruckman, The Christian's Handbook of Manuscript Evidence (Palatka, FL: Pensacola Bible Press, 1970), p. 60.
12. Jones, pp. 15-16.
13. Nix
14. Jones, p. 14.
15. Walter A. ElweIl, ed. Evangelical Dictionary of Theology (Gran Rapids: Baker Book House, 1984). "Origen," by C. C. Kroeger.
16. William P. Grady, Final Authority: The Chnstian's Guide to th King James Bible (Knoxville: Grady Publications, 1993), p. 82.
17. Ibid.,p.73.
18. Merrill C. Tenney, ed. The Zondervan Pictorial Encyclopedia of The Bible, vol. 5 (Grand Rapids: Zondervan, 1975). "Septuagint, by E.M. Blaiklock.
19. DiVietro, p. 51.
20. Ibid., p. 53.
21. Dean Burgon, The Causes of Corruption in the Traditional Text
vol. II (Collingswood, NJ: Dean Burgon Society Press, 1998),
PP 251-252, 259.


(Copiado de http://apologetic.waetech.com.br/Septuaginta.htm)



(retorne à página index de http://solascriptura-tt.org/ Bibliologia-Preservacao)

 
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Consideração deste blog: solascriptura-ACF.blogspot.com
Cores inseridas por este blog no contexto e acréscimo de parte de versículo ACF, onde consta versículo exposto corrompido por desatenção do autor do texto ou do tradutor.

Bíblias Adulteradas pelo T.C.

Recusemos a Imposição de Bíblias Baseadas em Qualquer
TEXTO CRÍTICO


(de Westcott-Hort, UBS, Nestle-Aland, etc.)




Os tradutores da Bíblia Wycliffe e muitos outros tradutores da Bíblia [tais como da NVI - Nova Versão Internacional e da ARA - Almeida Revista e Atualizada] estão cometendo os mesmos graves erros, ao usarem o “Novo Texto Grego” da United Bible Societies (UBS) ou um texto [grego] semelhante, embasado no texto [grego] de Westcott e Hort. Uma vez que usam um texto [grego] corrompido, eles estão produzindo traduções, nas quais, literalmente, milhares de palavras do texto grego original são omitidas ou mudadas e, de modo nenhum, isto é um assunto de somenos importância.
O texto grego sobre o qual está embasada a English Authorized Version [também conhecida como KJB (King James Bible)] [e a ACF - Almeida Corrigida Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil) e outras grandes traduções da era da Reforma - foi o texto preservado através do séculos. Por isso ele é chamado Texto Recebido (Textus Receptus). [Após a invenção da imprensa de tipos móveis,] este texto espalhou-se e reinou [absoluto] através de todo o mundo [batista e reformado] desde o século 16 até o século 20 [nem sequer teve concorrentes senão até o final do século 19, e estes só realmente começaram a incomodar lá pela metade do século 20]. O Texto Recebido foi traduzido para todas [centenas de] as principais línguas e foi levado pelos missionários piedosos às regiões mais remotas. Até o final do século 19, o Texto Recebido era a indisputável Bíblia do mundo [sem existência de nenhum concorrente]. Seria possível que Deus tivesse permitido que um texto corrompido pudesse atingir esta posição? Não acreditamos nisso. Deus fez muitíssimas promessas de que preservaria a Sua Palavra. Mesmo assim, houve homens, em [particularmente no final de] os anos 1800, que acreditaram que o Texto Recebido estava corrompido e que haviam localizado um texto melhor.

Nos anos 1800, as páginas do antigo manuscrito de um texto grego foram encontradas [N. T. - no lixo do Mosteiro de Santa Catarina, da Igreja Católica], manuscrito que alguns acharam que era melhores e mais autoritativos do que o Texto Recebido. As palavras deste manuscrito foram incorporados ao Novo Texto Grego produzido por Westcott e Hort, do comitê da English Revised Version. Westcott e Hort pertenciam à ala romanizada da Igreja Anglicana e eram teólogos liberais. As mudanças que eles fizeram no texto grego foram profundas. Dúzias de versos (versículos) inteiros [!] e milhares de palavras [!] foram removidos do Novo Testamento. Mesmo assim, sua obra foi aceita por muitos eruditos e o seu texto, eventualmente, seria incorporado ao texto grego produzido e popularizado pela UBS dos dias atuais. Este texto difere profundamente do Texto Recebido e é esta diferença textual que tem resultado nas mais sérias mudanças, nas novas traduções em inglês [e em português]. Em outras palavras, a razão pela qual as novas versões diferem amplamente da KJB (King James Bible) não é porque usam o idioma inglês contemporâneo, mas porque têm por base um texto grego [muito] diferente.
 
A fim de demonstrar quão significativamente o texto da USB difere do Texto Recebido, oferecemos os fatos a seguir. Estes resultaram dos excelentes estudos de Everett W. Fowler, o qual passou muitos anos comparando diferentes textos e versões da Bíblia. Vocês podem ver a seguir que este não é um assunto de somenos importância.
 
* Existem mais de 400 versos (versículos) inteiros omitidos ou questionados pelo uso de notas de rodapé e colchetes, no texto da UBS, quando comparados aos do Texto Recebido.

* Existem
185 porções significativas de versos omitidos no texto da UBS.
* Existem 212 omissões e diferenças nos nomes do Senhor Jesus Cristo, no texto da UBS.

* Existem 289 outras omissões ou diferenças no texto da UBS, os quais têm um efeito substancial na significação.

* O total de diferenças entre o texto da UBS e os do Texto Recebido chega a 8674 [palavras].

 
Deveria ser óbvio que o texto da UBS é diferente do Texto Recebido, o qual é honrado por Deus. Se o texto da UBS é considerado como o texto mais aproximado do texto original verbalmente inspirado, então o Texto Recebido incluiria mais de 8.000 palavras gregas não inspiradas por Deus.  [N.T. - Como Deus poderia honrar durante tantos séculos um texto com acréscimos à Sua Palavra, uma conduta que Ele mesmo condena em Apocalipse 22:18?]. A significação de tais mudanças torna-se ainda mais aparente, quando consideramos a natureza delas. O Novo Testamento da UBS deleta ou questiona mais de 40 versos (versículos) inteiros, os quais estavam contidos na KJB (King James Bible) e em outras antigas versões Protestantes honradas por Deus: Mateus 12:47; 17:21; 18:11; 21:44; 23:14; Marcos 7:16; 9:44,46; 11:26; 15:28 16:9-20; Lucas 17:36; 23:17; 24:12,40; João 5:4; 7:53-8:11; Atos 8:37; 28:29; Romanos 16:24; e 1 João 5:8. Além de uma grande porção de versos deletados, inclusive a maior parte de Mateus 5:44; 15:8; 19:9; 20:7; 20:16,22; 25:13; 27:35; 28:9; Marcos 6:11; 7:8; 9:49; 10:24; 11:10; 13:14; Lucas 1:28; 4:4; 9:55,56; 11:2-4; 21:4; 22:64; João. 5:3; Atos 2:30; 9:5-6; 23:9; 24:6-8; 28:16; Romanos 8:1; 11:6; 14:6; 1 Coríntios 6:20; Gálatas 3:1; Efésios. 5:30; 1 Tessalonicenses 1:1; 1 Timóteo 6:5; Hebreus 2:7; 1 João. 5:13; Apocalipse 1:8,11; e 5:14.

Muitíssimas outras omissões no Novo Testamento Grego da UBS afetam doutrinas chaves da fé cristã, inclusive a divindade e o nascimento virginal de Cristo, a Trindade e a Expiação-Propiciação. Por exemplo:
- O texto grego da USB deleta a palavra “Deus”, em 1 Timóteo 3:16, destruindo, assim, a efetividade de um dos testemunhos mais claros de que Jesus Cristo é Deus...  em espírito na ARC e ARA em vez de ...no Espírito... Acima na Glória.
- As palavras “O Senhor” são removidas da 1 Coríntios 15:47, destruindo, portanto, a divindade de Cristo. [Ele é o Senhor do Céu!].
- As palavras “Por Si mesmo” são removidas de Hebreus 1:3, deletando, assim, este poderoso testemunho sobre a Expiação-Propiação por Cristo
- O corte de Atos 8:37 no texto grego da USB destrói a efetividade desta Escritura, quanto ao fato de que a fé precede o batismo.
- A remoção da 1 João 5:8 retira da Bíblia uma das mais claras referências à Trindade.
As Bíblias que alcançaram até os confins da Terra, durante a grande era missionária dos últimos quatro séculos, continham estes testemunhos; porém, agora, eles foram removidos nas versões modernas, com a adoção de um novo texto grego. Lembrem-se, também, que estes são apenas alguns entre as centenas de exemplos que poderiam ser dados. Estamos convencidos de que o novo texto é um texto corrompido, o qual deveria ser rejeitado pelo povo de Deus. Novamente, cuidadosos e completos estudos podem ser obtidos sobre este assunto importante na Way of Life Literature e em outros publicadores [tais como http://solascriptura-tt.org e http://www.baptistlink.com/creationists/ ]. Em particular, recomendamos [os livros] “Evaluating Versions of the New Testament”, de Everett Fowler, e “True Or False”, de David Ottis Fuller. Ainda recomendaríamos o panfleto “New Eye Opener”, o qual mostra 200 das mais sérias mudanças nos textos e nas versões. Estes estão listados em nosso catálogo...

Adaptação,
por .Mary Schuktze,
de exertos de partes de uma das menores seções de “Wycliffe Bible Translators: Whither Bound?”, de David Cloud. Foram omitidos muitos trechos mais voltados para a Wycliffe.

 




Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).



(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)




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Palavras alteradas e/ou acréscimo por coloração nesta postagem, são da autoria deste blog solascriptura-ACF.blogspot.com
 

Menção as Versões Modernas Anátemas Oriundas do Texto Alexandrino

VERSÕES MODERNAS E MANUSCRITOS ANTIGOS



Por J. Ecob

 

J. Ecob, 12 Ningoola Way, Orange N.S.W. 2800, Australia




O Senhor Jesus Cristo disse: "O céu e a terra passarão, mas as MINHAS PALAVRAS NÃO HÃO DE PASSAR" -- Mateus 24:35 (ACF)
As Versões Modernas do Novo Testamento reinvidicam os melhores e mais antigos manuscritos como autoridade para realizar um monte de omissões e mudanças. Este artigo examina a veracidade da suposição que diz -- "quanto mais antigos os manuscritos, melhores são."
As Versões Modernas, em larga escala, têm seguido o Texto Grego preparado por Westcott e Hort em 1881. O Texto da Versão Revisada de 1881 foi enormemente influenciado por estes dois estudiosos, e o Texto de Nestle é uma colação de três (3) textos: Westcott e Hort, Tischendorf e Bernhard Weiss.
Westcott e Hort reconheceram como suas supremas autoridades apenas dois (2) manuscritos: Aleph e B; estes estão entre os cinco (5) mais antigos manuscritos adotados pelas versões modernas.

HISTÓRIA DO TEXTO

Em 323 AD, Constantino tornou-se Imperador de Roma e declarou o cristianismo como a religião do estado. Antes desse tempo, durante os períodos de perseguição, os cristãos copiavam e guardavam a Bíblia arriscando as suas vidas. As Bíblias foram queimadas pelos pagãos mesmo estando sob o regime cristão.

Os mais antigos manuscritos em pergaminho do Novo Testamento [e que sobreviveram até hoje, chegando às nossas mãos] foram provavelmente escritos durante o reinado de Constantino no quarto século. Tem sido sugerido que o Códice B era uma das 50 cópias que Constantino havia feito para produzir uma Bíblia em comum, satisfazendo assim todas as facções do cristianismo. No sétimo século, as igrejas do Egito, Síria, e do norte da África foram amplamente eliminadas pela invasão maometana.

Em Roma, o latim logo tornou-se a língua sagrada e substituiu o grego nas cópias das Escrituras. Esta influência alastrou-se pelas províncias da África do Norte no império romano. No final do quarto século, Jerônimo afirmou que "havia tantos textos [isto é, conjunto de palavras, independente dos meios onde foram escritas] latinos [diferentes] quanto manuscritos [existiam]." Então foi solicitado pelo Papa Damásio (382 AD), que ele produzisse a Versão Latina oficial, que ficou conhecida como a Vulgata Latina.

O império bizantino de fala grega, preservado da invasão maometana, continuou até o século 15 (advento da imprensa). Foi aqui, aonde a língua original do Novo Testamento era falada, que Deus preservou para nós a maioria dos manuscritos gregos.

Assim como o Texto Hebraico do Velho Testamento foi preservado entre os judeus de fala hebraica, também o Texto Grego do Novo Testamento foi preservado no império bizantino de fala grega. Então o Texto Bizantino, o Texto Tradicional, -- 'A Vulgata Grega' e o Texto Recebido são termos sinônimos, cada um descrevendo o 'Verdadeiro Texto' que dominou os corações dos cristãos desde as épocas mais remotas. Este é de fato o "texto majoritário" -- o texto preservado na maioria dos manuscritos.

Em 1516 AD, a primeira edição impressa do Novo Testamento grego foi publicada por um brilhante erudito chamado Erasmo. A evidência da soberana providência de Deus foi que embora ele tenha usado apenas uns poucos manuscritos gregos, o seu texto no geral concordou com [aqueles] 90 a 95% dos 5.000 manuscritos, ou até mais, [e que, maravilhosamente, são praticamente idênticos] disponíveis hoje! Os manuscritos que ele usou foram então representantes do texto comumente aceito.

É digno de nota que, embora Erasmo tenha se correspondido com três (3) papas – Júlio II, Leo X e Adriano VI – e tenha passado algum tempo em Roma, ele não tenha usado o Códice Vaticano (B) quando compilou o primeiro texto impresso [do Novo Testamento grego]. (O Códice B foi a base prioritária usada por Westcott e Hort, cujo texto é a base para a maioria das versões modernas.)

Em 1533 Sepúlveda forneceu a Erasmo 365 textos de leitura do Códice B para mostrar a conformidade deste com a Versão Latina, e o contraste deste com o Texto Grego Comum. Fica então evidente que Erasmo não aceitou as leituras do Códice B como dignas de confiança, e é provável que ele estivesse mais familiarizado com este do que Treguelles no século dezenove.

Entre 1516 e 1526 Erasmo produziu mais quatro (4) edições do texto grego, e em 1550 Estéfano publicou um texto semelhante incorporando as valiosíssimas divisões em versículos como aparecem na Versão Autorizada (A.V.) As dez edições de Beza (1565-1611) tinham pequenas variações, e o seu texto foi reeditado mais tarde por Elzevir com mínima modificação.

As duas edições de Elzevir foram publicadas em 1624 e 1633. Esta última foi o primeiro texto a ser chamado de Texto Recebido ou Textus Receptus. Este título é proveniente da declaração de Elzevir no prefácio da edição de 1633: “Agora tendes o texto recebido por todos.” Entretanto, o termo Textus Receptus pode igualmente ser aplicado aos textos de Erasmo, Estéfano, Beza e Elzevir.
O Doutor em Filosofia G.R. Berry , em sua introdução ao Novo Testamento Interlinear Grego/Inglês publicado pela Zondervan, refere-se às edições de Estéfano e Elzevir dizendo: “no essencial elas são uma só e a mesma, e qualquer delas pode ser chamada de Textus Receptus.”

O Dr. Eduardo F. Hills afirma; “em toda a sua essência, o primeiro texto do Novo Testamento publicado por Erasmo, e depois por Estéfano (1550) e Elzevir (1633), está em completa harmonia com o texto tradicional (Texto Bizantino), providencialmente preservado na vasta maioria dos manuscritos gregos do Novo Testamento. . . Partindo deste Textus Receptus é que a Versão do Rei Tiago (KJV) foi feita” (Believing Bible Study – pg. 37)

Durante o século dezenove, críticos textuais como Lachmann, Tischendorf, Treguelles, Westcott e Hort, expuseram a teoria de que, sendo recente a vasta maioria dos manuscritos, isto é, datando de após o século nove (apenas 500 ou 1.000 anos de idade), estes manuscritos foram então sujeitos a maiores erros devido aos descuidos dos copistas. Admitindo-se então que cada escriba tenha repetido os erros dos escribas anteriores e, certamente, tenha acrescentado os seus próprios erros.

Alguns também têm presumido que os escribas alteraram a Escritura, quase que voluntariamente, se os seus pontos de vista teológicos diferiam das cópias que eles tinham diante de si. Isto simplesmente não é verdade. Tais declarações ignoram os fatos da Crítica Textual e a providência de Deus na preservação de Sua Palavra. Por exemplo, a mais antiga cópia do texto hebraico do Velho Testamento, datando de cerca de 900 AD. Ainda assim o mesmo texto hebraico foi encontrado entre os manuscritos do Mar Morto datando de cerca de 100 AC – um intervalo de 1.000 anos sem mudança! O mesmo cuidado providencial se aplica ao Novo Testamento da mesma forma que o foi no Velho Testamento.

Westcott e Hort não puderam compreender a razão pela qual os manuscritos alexandrinos não foram copiados em tão grande número como o foram os manuscritos bizantinos. Propuseram a teoria que alguém deve ter produzido [e obrigado a multiplicação e o uso] do Texto Bizantino [e obrigado a destruição de tudo anterior e/ou diferente] mais ou menos no quarto século. Westcott e Hort o chamaram de “Texto Sírio.” 
 
Esta teoria não tem absolutamente qualquer fundamento histórico. É produto da imaginação destes, para desculpá-los por rejeitarem a vasta a maioria de manuscritos. Certamente tão grande recensão do texto, se é que houve, teria sido documentada pela história da igreja. Foi assim especialmente quando importantes questões doutrinárias daquele período foram documentadas em considerável detalhes, por exemplo, no Concílio de Nicéia, em 325 AD, que tratou da heresia ariana. A História silencia sobre qualquer revisão do Texto na Síria, Antioquia ou Constantinopla!!

Enquanto Westcott e Hort estavam introduzindo o seu tão citado “texto neutro”, para o Comitê da Versão Revisada, em 1881, o verdadeiro texto estava sendo fortemente defendido por estudiosos como o Deão Burgon e Dr. Scrivener.

Deão Burgon, que pessoalmente [localizou e] acrescentou aproximadamente 400 manuscritos à lista [do catálogo dos manuscritos gregos do Novo Testamento], era um homem de grande habilidade escolástica e intimamente familiarizado com os manuscritos disponíveis. O seu livro 'The Revision Revised' [A Revisão Revisada], é considerado uma obra prima na defesa do Texto Recebido.

Dr. Scrivener passou 40 anos pesquisando manuscritos e na sua época (final do século dezenove) examinou pessoalmente mais manuscritos do que qualquer outro estudioso. Quando a R.V. foi traduzida, Dr. Scrivener, que estava no seu Comitê, travou uma enorme batalha com Westcott e Hort durante 10 anos. Westcott e Hort, que também estavam no Comitê, empenharam-se para incorporar as versões tiradas de uns POUCOS manuscritos antigos, enquanto Scrivener avaliava o testemunho de TODOS os manuscritos. Infelizmente, Westcott e Hort tinham uma solidária maioria, e as decisões eram dadas por votação do Comitê.

OS MANUSCRITOS MAIS ANTIGOS SÃO OS MELHORES?

As seguintes evidências demonstram que:

Os manuscritos mais antigos não foram necessariamente escritos com maior cuidado.

Os manuscritos mais antigos não foram necessariamente copiados de um manuscrito superior.

Os manuscritos mais antigos foram sujeitos a maiores deturpações.

Os manuscritos mais antigos estão em contínua discordância entre si.



Os manuscritos mais antigos não foram necessariamente escritos com maior cuidado.

Aqueles que examinaram os manuscritos mais antigos, demonstram que estes foram escritos sem os devidos cuidados.

Os manuscritos do Novo Testamento em grego estão divididos em dois grupos: MAIÚSCULOS e CURSIVOS. Os maiúsculos são aqueles escritos em letras maiúsculas, enquanto que os cursivos são escritos em letras minúsculas. Os manuscritos maiúsculos são geralmente considerados mais antigos do que os cursivos, embora os escritos cursivos fossem conhecidos em épocas anteriores ao cristianismo.

Manuscritos MAIÚSCULOS são geralmente nomeados com letras maiúsculas do nosso alfabeto, e são referidos como Códice A, Códice B, etc.

Cinco dos mais antigos códices são: Aleph, A, B, C e D; e é sobre a evidência destes, e sobre tão diminuto grupo de aliados, que os textos gregos de Lachmann 1842-50; Tischendorf 1865-72; Treguelles 1857-72; Westcott e Hort 1881 se apóiam.

De fato, Westcott e Hort, que exerceram domínio sobre o Comitê da Versão Revisada de 1881, aceitaram o que eles chamaram de texto neutro. Apenas os Códices Aleph e B, na opinião deles, preservam este texto na sua mais pura forma. Destes dois, quando há divergência entre eles, então o Códice B é preferido em relação ao Aleph, no qual “os escribas de uma forma atrevida e grotesca, cometeram os erros mais ordinários e em número maior, em relação ao Códice B, devido a transcrição feita às pressas e sem cuidado .” (Scrivener, pg. 289, Volume II).

Mas com que grau de cuidado foram escritos estes extraordinários MAIÚSCULOS, sobre os quais estão baseadas as nossas versões modernas? Vejamos o caso dos Aleph, B e D.

Códice Sinaítico (Aleph) (quarto século) - “Devido ao número de erros, não podemos afirmar que foi escrito cuidadosamente. De uma maneira abrangente o manuscrito está desfigurado por correções. Algumas poucas feitas pelo escriba original; um número bem grande pela mão de alguém com um elegante estilo, do sexto século, cujas emendas são de grande importância; mais algumas, novamente, foram feitas por mais alguém um pouco depois; o maior número delas, por um estudioso do sétimo século, que sempre cancela as alterações feitas pelo retificador do sexto século; outras, feitas por uns oito escritores diferentes, mais tarde.” (Scrivener, pg. 93, Vol. I)

Códice Vaticano (B) (quarto século) - “Um traço característico deste é o grande número de omissões, que induziram Dr. Dobbin a falar dele como um texto abreviado do Novo Testamento. Ele calculou que palavras inteiras, ou partes de frases, foram omitidas em número não menor do que 2.556 vezes.” (Scrivener, pg. 120, Vol. I)

Isto explica o fato pelo qual as versões modernas omitiram tanto da Escritura – um fato que nem sempre é aparente, devido à prática de agrupamento de versículos.

Também explica as acusações feitas por alguns críticos, de que o Texto Recebido é produto de uma conflação (isto é, expandido pela inclusão de leituras de fontes diferentes). Uma vez que o Códice B [Vaticano] é tido como autoridade final, qualquer texto que não mantenha as omissões do B, deve ser produto de uma conflação. . . mas somente se comparado ao B!

Códice Beza Greco-Latino (D) (quinto ou sexto século) - “O manuscrito sofreu correções, primeiro pela mão do escritor original, e depois por 8 ou 9 revisores.” E novamente: “Nenhum manuscrito conhecido contém tantas interpolações de caráter atrevido e extenso (600 só no livro de Atos), onde estas absolutamente não têm apoio, especialmente das versões Antiga Latina e Siríaca Curetoniana.” (Scrivener, pgs. 128 e 130, Vol. I)

A Versão Curetoriana é reconhecida como uma adulteração da Versão Siríaca, enquanto que a Peshita do segundo século, conhecida como a “Rainha das Versões”, era a versão siríaca comumente aceita. A Peshita está em concordância com os manuscritos gregos mais recentes, e provê um elo vital entre o texto usado pelos Pais da Igreja primitiva e o Texto Recebido.

Tem sido sugerido pelo Dr. Rendel Harris, que o Códice D possa ter sido uma tradução vertida para o grego, a partir de uma tradução latina.


Os manuscritos mais antigos não foram necessariamente copiados de um manuscrito superior.

Os manuscritos foram escritos a mão em vários materiais até o século quinze. (A imprensa foi inventada em 1450 AD). Muitos manuscritos foram escritos em pergaminho. Este era uma fina pele de cabra, bezerro ou antílope, e era extremamente durável. Cópias em condições bem razoáveis estão disponíveis hoje, embora sejam datadas como sendo do ano 350AD, isto é, com 1.600 anos! Desde que os impressos substituíram as cópias feitas a mão, no século quinze, podemos presumir que até mesmo os manuscritos mais recentes têm pelo menos 500 anos de idade, enquanto que muitos, desde os anos 900 AD, têm aproximadamente 1.100 anos!

A expectativa de vida de um manuscrito era bem maior do que nossos livros de papel. Muitos livros com 70 anos de idade hoje, atingiram uma condição de deterioração tamanha, que não podem ser lidos sem que danos lhe sejam causados.

Se a vida média de um manuscrito de pergaminho é de 350 anos, (apenas para fins de cálculo) só precisaríamos de quatro cópias, no máximo, desde os dias dos apóstolos até o advento da imprensa.

Por isso, não segue-se automaticamente que, um manuscrito feito em 350 AD, tenha sido copiado de um manuscrito mais antigo do que outro feito em 500 AD.

Além do mais, uma diferença de 200 anos na idade dos manuscritos, não é substancial quando sabemos que as avaliações de idade são apenas baseadas na estimativa dos estudiosos, que às vezes apresentam uma grande discrepância.

O estilo de escrita é o principal critério para datação: “O estilo de escrita adotado em manuscritos. . .fornece o mais simples e seguro critério para aproximação da data dos documentos.” (Scrivener, pg. 29, Vol. I). Devemos nos lembrar que a prática da datação de manuscritos não começou até o décimo século, de maneira que a idade de todos os manuscritos anteriores a este período, na maior parte são feitas por estimativa, principalmente levando em conta as mudanças de estilo.

As dificuldades encontradas pelos estudiosos para colocar uma data precisa em um manuscrito são ilustradas pela seguinte citação: “Os papiros Herculanos, enterrados de 79 AD em diante, PODEM PROVAVELMENTE AINDA SER CEM ANOS MAIS VELHOS. . . por esta razão trezentos a quatrocentos anos decorreram entre a data dos rolos Herculanos e a data dos mais antigos manuscritos bíblicos (N.T.) NO ENTANTO, O MODO DE ESCRITA MUDOU MUITO POUCO DURANTE ESTE INTERVALO DE TEMPO!” (Scrivener, pg. 33, Vol. I).

Enquanto alguns peritos estimam a data de Isaías A dos Manuscritos do Mar Morto, como sendo do  primeiro ou segundo século antes de Cristo, G.R. Driver contesta que eles são de aproximadamente 73 AD . . .uma diferença de 248 anos.

Levando em conta os diferentes estilos dos escribas, devemos então concordar que a datação de manuscritos antigos são extremamente difíceis. Talvez uma tolerância de +100 anos seja razoável em muitos casos.


Os manuscritos mais antigos foram sujeitos a maiores deturpações.

As diferenças nos manuscritos são classificadas em categorias bem definidas. A maioria delas constitui-se de deslizes de pequena monta, como erros de soletração, pontuação, omissão de uma palavra ou linha, troca de palavras de som idêntico, transposição, etc. Apenas alguns dos aproximadamente 5.000 manuscritos pode-se dizer que foram deturpados deliberadamente.

Depois de classificar 18 das 20 maneiras que os manuscritos variam, Dr. Scrivener diz: “A grande maioria de várias leituras que tentamos classificar até agora, são devidas claramente à mera fragilidade humana, e certamente não podem ser imputadas a qualquer intenção deliberada dos copistas de adulterar o texto da Escritura.

A escola alexandrina, entretanto, é famosa como uma das maiores fontes de adulteração, sendo a influência alexandrina a que permeia alguns dos mais antigos manuscritos (particularmente o Vaticano B, e o Sinaítico Aleph), sobre os quais as versões modernas estão baseadas.

Scrivener declara: “não é menos verdade o fato do que conta-senso se ouvir, que as piores adulterações a que jamais foi submetido o Novo Testamento, originaram-se dentro do período de 100 anos depois que este foi composto; e que Irineu e os Pais Africanos, e todo o ocidente, com parte da igreja siríaca, usaram manuscritos bem mais inferiores do que aqueles empregados por Estunica, Erasmo ou Estéfano, treze séculos mais tarde, quando formavam o Texto Recebido.”

Pela ciência da crítica textual é possível identificar aonde ocorreram os deslizes dos copistas. Isto é feito comparando os documentos disponíveis. A probabilidade de todos os copistas escreverem as mesmas palavras incorretamente, omitirem a mesma linha, palavra ou verso (versículo), é extremamente remota. Especialmente quando constatamos que os manuscritos variavam em tamanho e no número de colunas empregados. Então os finais de linha seriam diferentes, e as mesmas armadilhas visuais não se aplicariam a cada escriba. Muitos deslizes também poderiam ser detectados pelos escribas subseqüentes, e corrigidos depois da comparação com outros manuscritos.

O único método seguro da crítica textual então, é usar TODOS os manuscritos, independentemente de data, e não se limitar a uns POUCOS manuscritos antigos.

Os manuscritos mais antigos estão em contínua discordância entre si.

Se houvéssemos de acreditar que os manuscritos tornaram-se mais corrompidos a cada cópia que era feita, era de se esperar que os mais antigos fossem os melhores e que devessem também estar em maior harmonia entre si.


O FATO É QUE NÃO ESTÃO – como mostrará a seguinte declaração: “Descobrir que nos dois manuscritos (Códice B e Códice Aleph) é mais fácil encontrar dois versículos consecutivos diferentes um do outro, do que dois versículos consecutivos nos quais estes concordem inteiramente, – não deveria este fato, pergunta D. Burgon, afetar sensivelmente a nossa opinião sobre o valor de suas evidências? . . . Em cada ocasião específica, somente um deles pode possivelmente estar falando a verdade. Serei eu tido como irracional, se eu confessar que essas perpétuas inconsistências entre os Códices B e Aleph – graves inconsistências e ocasionalmente até grosseiras – destroem inteiramente a minha confiança em ambos?

Ou como Scrivener escreve:

O ponto sobre o qual nós insistimos é apenas este: que a evidência das autoridades antigas pode ser tudo, menos unânime; que estão perpetuamente variando entre si, mesmo se limitarmos o termo 'antigas' aos mais estreitos significados. Não deveria se incluir, entre os manuscritos dos Evangelhos, nenhum outro senão as cinco mais antigas cópias dos Códices Aleph, A B C D? Tudo que o leitor tem de fazer é abrir as primeiras obras da crítica que encontrar, e constatar que elas raramente estão em concordância entre si, e perpetuamente divididas, duas contra três, ou talvez quatro contra uma.”

As seguintes ilustrações de Kirsopp Lake e seus associados (1928), demonstram que os Códices Aleph, B e D estão em maior discordância entre eles mesmos, do que com o Texto Recebido.

Só em Marcos capítulo II --

Aleph, B e D diferem do Texto Recebido 69, 71 e 95 vezes respectivamente. B difere de Aleph 34 vezes; B difere de D 102 vezes; D difere de Aleph 100 vezes.

Hoskier, que estudou as diferenças entre os textos de Aleph e B, lista as seguintes diferenças nos 4 Evangelhos:

Mateus 656 diferenças; Marcos 567 diferenças; Lucas 791 diferenças; João 1.022 diferenças.

Total dos quatro Evangelhos: 3.036 diferenças.

Sob a luz dos fatos mostrados acima, está claro que nós não podemos ter confiança em qualquer versão moderna, ou texto grego, que rejeita o testemunho da concordância da vasta maioria dos manuscritos, em favor de um pequeno grupo de antigas, porém discordantes testemunhas.

DUAS CORRENTES DE MANUSCRITOS SEMPRE EXISTIRAM:

Os seguintes comentários servem para mostrar que a reinvidicação de alguns tradutores modernos e paráfrases, de que os mais antigos manuscritos são os melhores, estão da mesma forma baseados em um fundamento errado.

O Dr. Otis Fuller, no seu livro “WHICH BIBLE?” [QUAL BÍBLIA?], mostrou que cristãos de todas as épocas reconheceram que duas correntes de manuscritos sempre existiram:

A corrente turva do texto adulterado, incluindo a família Ocidental (caracterizada por interpolações), e a família Alexandrina (caracterizada por omissões), têm fluído por canais como Orígenes (que negou a divindade de Cristo); Eusébio, Jerônimo (que produziu a Vulgata Latina); e no último século, através de Lachmann, Tischendorf, Tregelles, Westcott e Hort.

A corrente pura do Novo Testamento tem fluído até nós pelo Texto Recebido, sobre o qual o Dr. Otis Fuller nos diz: “tinha autoridade suficiente para tornar-se, tanto em si mesmo, como em sua tradução, a Bíblia da grande igreja da Síria; da igreja dos Valdenses do norte da Itália; da igreja dos Gauleses do sul da França; da igreja celta na Escócia e Irlanda; como também da Bíblia oficial da igreja grega (TEXTO BIZANTINO).” Os reformadores adotaram firmemente o Texto Recebido; a versão alemã de Lutero, e a magnífica tradução inglesa de Tyndale, foram feitas a partir do Texto Recebido. Quando 47 estudiosos fizeram a Versão Autorizada em 1611, o Texto Recebido foi usado por divina providência.
As descobertas de manuscritos desde 1611, NÃO alteraram o quadro. O número aumentou de 3.791 em 1881, e desde então para cerca de 5.000, MAS AINDA ASSIM 90% CONCORDAM COM O TEXTO RECEBIDO!

DISPONÍVEL DE:
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Este folhetão foi preparado por:
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Tradução: Euclides Vilar Azevedo
(O irmão Ely Silva enviou-me uma tradução feita automaticamente por algum software, eu a corrigi mudando muito, mas, de todo modo, agradeço a ajuda.)


Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).



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