domingo, 1 de abril de 2012

É A BÍBLIA A PALAVRA VIVA DE DEUS?






As Escrituras a Biblioteca do Espírito Santo

“E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro” (1Coríntios 4.6) ACF

Compilado Por Israel Reis

A Bíblia é de longe o livro mais traduzido do mundo. Partes da Bíblia podem ser lidas atualmente em mais de 2.212 línguas diferentes e todo ano a lista é acrescida de 40 novas traduções. Nenhum outro livro também se aproxima da sua tiragem: o número de exemplares impressos sobe a cada ano, apesar da Bíblia ter sido o livro mais atacado em todos os tempos.  Soberanos de todas as épocas, políticos, reis e ditadores, até líderes religiosos e seus cúmplices tentaram privar o povo de sua leitura. Combateram-na, despojaram-na de seu conteúdo, tentaram destruí-la. Pode-se dizer que jamais outro livro foi tão amado, e ao mesmo tempo tão odiado quanto a Bíblia!

Na verdade, a Bíblia é uma pequena biblioteca formada por 66 volumes. Ela foi escrita por aproximadamente 40 autores diferentes, durante um período de mais ou menos 1500 anos. Com toda a certeza ela não foi escrita por iniciativa coletiva. Ela também não foi planejada por alguém. Um dos autores escreveu na Arábia, outro na Síria, um terceiro em Israel, e ainda outro na Grécia ou na Itália. Um dos autores atuou mais como historiador ou repórter, outro escreveu como biógrafo, outro escreveu tratados teológicos, ainda outro compôs poemas e escreveu provérbios, enquanto outro registrou profecias. Eles escreveram sobre famílias, povos, reis, soberanos e impérios do mundo. O escritor das primeiras páginas jamais poderia saber o que outro escreveria 1400 anos mais tarde. Os escritores de séculos futuros nunca poderiam saber, por si mesmos, o sentido profético de um texto escrito centenas de anos antes. Mesmo assim, a Bíblia é um livro de uma unidade impressionante, com coerência do início ao fim, tendo um tema comum e falando de uma pessoa central: Jesus Cristo. A Bíblia é o único livro no qual milhares de profecias se cumpriram literalmente. Suas predições realizaram-se nos mínimos detalhes durante a história. Locais e datas mencionados nos relatos bíblicos foram confirmados pela ciência. Quando nos perguntamos como foi possível aos autores alcançarem uma unidade e uniformidade tão grandes no que escreveram, concluímos que só nos resta a resposta de 2 Pedro 1.21: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” - ACF.
. Manuscritos (MSS) 
Manuscritos: São rolos ou livros escritos à mão. A Bíblia foi originalmente escrita em manuscritos, aqueles que vieram da mão do
autor são chamados de Manuscritos originais, os demais de Manuscritos cópias.

·       Manuscritos Originais: São Manuscritos saídos das mãos dos escritores da Bíblia, porém não há evidências que atualmente exista algum. Os motivos de não termos manuscritos originais são o seguinte:

1°. Um dos materiais utilizado era o papiro, material bem perecível.
2°. Quando um Manuscrito estragava por qualquer razão, os judeus enterravam com o propósito de destruí-lo, afim de não correrem o risco de erro de interpretação.
3°. Reis e homens ímpios perseguidores de Israel destruíram muitos manuscritos.

Significado da palavra Bíblia:
deriva de: "Biblos" (grego) = a fibra interna da planta papiro ou folha de papiro preparada para escrita.
"Biblion"(grego) = pequeno rolo de papiro ou pequeno livro Literalmente Bíblia significa: coleção de livros pequenos. (plural) Depois a palavra "Biblos" foi usada para designar um livro, de qualquer material. Inicialmente os cristãos começaram chamar a Bíblia de "Os livros" (no plural), depois mudaram para o singular devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita. 

O autor da Bíblia é o Espírito Santo, que inspirou os escritores a escreverem nos Manuscritos originais a mensagem divina sem erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. (2Tm 3.16; 2Pe 1.21) Escrita por aproximadamente 40 escritores diferentes, em um período de 1500 anos (aproximadamente).

Outros nomes utilizados:
- Escrituras: João 5.39    Mateus 21.42                        
- Santas Escrituras: Romanos 1.2                               
- Espada do Espírito: Efésios 6.17
- Livro do Senhor: Isaías 34.16

“Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada)(João 10.35) ACF

"Quem destruísse este Livro, como já tentaram fazer os inimigos da felicidade humana, nos deixaria profundamente desconhecedores do nosso Criador, da criação do mundo que habitamos, da origem e dos progenitores da raça, como também do nosso futuro destino, e nos subordinaria para sempre ao domínio do capricho, das dúvidas e da concepção visionária. A destruição deste Livro nos privaria da religião cristã, com todos os seus confortos espirituais, esperanças e perspectivas animadoras, e no lugar desses, nada nos deixaria a não ser a penumbra triste da infidelidade e as monstruosas sombras do paganismo. A destruição deste Livro despovoaria o céu, fechando para sempre suas portas contra a miserável posteridade de Adão, restaurando ao rei dos terrores o seu aguilhão; enterraria no mesmo túmulo que recebe os nossos corpos, todos os que antes de nós morreram, e deixando a nós o mesmo triste destino. Enfim, a destruição deste Livro nos roubaria de uma vez tudo quanto evita que a nossa existência se tome a maior das maldições; cobriria o sol; secaria o oceano e removeria a atmosfera do mundo moral, e degradaria o homem a ponto de ele ter ciúmes da posição dos próprios animais que perecem." Dr. Payson - (Myer Pearlman – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – ed. vida)

Alguém já disse: “Onde a BÍBLIA não tem VOZ não devemos ter OUVIDOS”



A NECESSIDADE DAS ESCRITURAS

"Que é a verdade?" perguntou Pilatos, e o tom de sua voz inferiu que em vão se buscaria essa qualidade. Se não houvesse um meio de chegar ao conhecimento de Deus, do homem e do mundo, Pilatos então teria razão. Mas não há razão de andar às apalpadelas nas dúvidas e no ceticismo, porque existe um livro — as Sagradas Escrituras — que "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2Timóteo 3.15).

1°. Essa revelação é desejável.
O Deus que criou o universo só pode ser um Deus sábio, e um Deus sábio certamente terá um propósito para suas criaturas. Negligenciar esse propósito é loucura e contrariá-lo constitui pecado. Mas, como se verifica com certeza o propósito divino?

A história prova que os homens chegam a conclusões muito diversas e muitas pessoas não chegam a conclusão nenhuma!
A experiência demonstra que esse problema não se resolve somente pelos estudos. Alguns não dispõem de tempo suficiente, e outros, ainda que tenham o desejo, não possuem a habilidade; mesmo que alcançassem êxito, suas conclusões seriam alcançadas lentamente e com grande desconfiança. Os sábios são capazes de levantar escadas de pensamentos no esforço de alcançarem as verdades celestiais, mas a escada mais elevada ainda estaria muito aquém da necessidade. “O mundo pela sabedoria (filosofia) não conheceu a Deus.” As verdades que informam o homem como passar da terra para o céu devem ser enviadas do céu à terra. Em outras palavras, o homem precisa de uma revelação.

2°. Essa revelação é de se esperar.
A natureza é a revelação de Deus que se alcança pela razão. Mas quando o homem está algemado pelos seus pecados e sobrecarregada a alma, a natureza e a razão são impotentes para esclarecer e aliviar a situação. Vamos permitir que os homens da razão testifiquem. Disse Kant, um dos maiores pensadores de todos os tempos, acerca dos cristãos: “Fazem bem em basear a sua paz e piedade nos Evangelhos porque somente neles está a fonte das verdades profundas e espirituais, depois de a razão haver explorado em vão todas as possibilidades.” 

Outro físico de renome, Hegel, quando estava no leito de morte, não permitiu que se lesse nenhum outro livro para ele a não ser a Bíblia. Ele disse que no caso de se prolongar a sua vida ele faria desse Livro o seu único estudo, pois nele encontrara o que a razão não lhe pudera proporcionar. Se existe um bom Deus, como cremos, é razoável crer que ele conceda às suas criaturas uma revelação pessoal de si mesmo. 

Assim escreveu David S. Clarke: “não podemos crer que um pai se oculte para sempre de seu filho, sem nunca se comunicar com ele. Nem tampouco podemos imaginar um Deus que retivesse o conhecimento do seu ser e de sua vontade, ocultando-o às suas criaturas que ele criara à sua própria imagem. Deus fez o homem capaz e desejoso de conhecer a realidade das coisas. Será que ele ocultaria uma revelação que satisfizesse esse anelo? A mitologia egípcia antiga conta a história da fabulosa Esfinge que propunha enigmas aos transeuntes e como os matava quando não lhe podiam decifrá-los. Não é de crer que um Deus amoroso e sábio permita que o homem pereça por falta de conhecimento, perplexo diante do enigma do universo.” E o Dr. Hodges escreve: “A inteligência divina nos leva a crer que Deus tenha adaptado os meios ao fim, e que ele, enfim, coroará essa natureza religiosa com uma religião sobrenatural. A benevolência de Deus nos conduz a esperar que ele solucione a grave perplexidade e evite o perigo para as suas criaturas. A justiça de Deus nos conduz à esperança de que falará ele em tons claros e com autoridade à nossa consciência.”

3°. Essa revelação deveria estar em forma escrita.
É razoável que sua mensagem tomasse forma de livro. Como disse o Dr. Keyser: “Os livros representam o melhor meio de preservar a verdade em sua integridade e transmiti-la de geração a geração. A memória e a tradição não merecem confiança. Portanto, Deus agiu com a máxima sabedoria e também dum modo normal dando ao homem a sua revelação em forma de livro. De nenhuma outra maneira, pelo que podemos ver, podia ter ele entregue aos homens um ideal infalível que estivesse acessível a todos os homens e que continuasse intacto através dos séculos e do qual todos os povos pudessem obter a mesma norma de fé e prática.” É razoável concluir que Deus inspirasse os seus servos a arquivarem essas verdades, verdades que não poderiam ser descortinadas pela razão humana. E, finalmente, é razoável crer que Deus tivesse preservado, por sua providência, os manuscritos das escrituras bíblicas e que tivesse influenciado a sua igreja a incluir no cânon sagrado somente os livros que fossem divinamente inspirados.


A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

1°. Divina e não apenas humana.
O modernista identifica a inspiração das Escrituras Sagradas com o mesmo esclarecimento espiritual e sabedoria de que foram dotados tais homens como: Platão, Sócrates, Browning, Shakespeare e outros gênios do mundo literário, filosófico e religioso. A inspiração, dessa forma, seria considerada apenas uma coisa puramente natural. Essa teoria rouba à palavra inspiração todo o seu significado e não combina, em absoluto, com o caráter sobrenatural e único da Bíblia.

2°. Única e não comum.
Alguns confundem a inspiração com o esclarecimento. Refere-se à influência do Espírito Santo, comum a todos os cristãos, influência que os ajuda a compreender as coisas de Deus. (1Co 2.4; Mt 16.17.) Eles mantêm a opinião de que esse esclarecimento espiritual seja a explicação adequada sobre a origem da Bíblia. Existe uma faculdade nos homens, assim ensinam eles, pela qual se pode conhecer a Deus — uma espécie de olho da sua alma. Quando os homens piedosos da antiguidade meditavam em Deus, o Espírito Divino vivificava essa faculdade, dando-lhes esclarecimentos dos mistérios divinos. Tal esclarecimento é prometido aos crentes e tem sido experimentado por eles. Mas este esclarecimento não é o mesmo que inspiração. Sabemos, segundo está escrito em 1Pedro 1.10-12, que às vezes os profetas recebiam verdades por inspiração e lhes era negado esclarecimento necessário à sua compreensão dessas mesmas verdades. O Espírito Santo inspirou-lhes as Palavras, mas não achou por bem conceder-lhes a compreensão do seu significado. Descreve-se Caifás como sendo o veículo duma mensagem inspirada (se bem que o foi inconscientemente), apesar de não estar ele pensando em Deus. Nesse momento ele foi inspirado, mas não esclarecido.
(João 11.49-52.) Notemos duas diferenças especificas entre o esclarecimento e a inspiração:

1) Quanto à duração, o esclarecimento é, ou pode ser, permanente. “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18). A unção que o crente [OBEDIENTE - QUE RENÚNCIA - QUE CRUCIFICA A CARNE] recebeu do Espírito Santo permanece nele, diz o apóstolo João (1João 2.20-27). Por outro lado, a inspiração também era intermitente; o profeta não podia profetizar à vontade, porém estava sujeito à vontade do Espírito. “Porque a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum”, declara Pedro, “mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.21).

Que a inspiração profética viesse repentinamente está implícita na expressão comum: "A palavra do Senhor veio" a este ou àquele profeta. Uma distinção clara se faz entre os verdadeiros profetas, que profetizam unicamente quando lhes vem à palavra do Senhor, e os profetas falsos que proferem uma mensagem de sua própria invenção. (Jeremias 14.14; 23.11,16; Ezequiel 13.2,3).

2) O esclarecimento admite a graduação, enquanto a inspiração não admite graduação alguma. Varia de pessoa para pessoa o grau de esclarecimento, mas no caso da inspiração, no sentido bíblico, a pessoa ou recebeu ou não recebeu a inspiração.

3°. Viva e não mecânica.
A inspiração não significa ditado, no sentido de que os escritores fossem passivos, sem que tomassem parte as suas faculdades no registro da mensagem, embora sejam algumas porções das Escrituras ditadas, como por exemplo os Dez Mandamentos e a Oração Dominical. A própria palavra inspiração exclui o sentido de ação meramente mecânica, e a ação mecânica exclui qualquer sentido de inspiração. Por exemplo, um homem de negócios não inspira sua secretária ao ditar-lhe as cartas. Deus não falou pelos homens como quem fala por um alto falante. Antes seu Divino Espírito usou as suas faculdades mentais, produzindo desta maneira uma mensagem perfeitamente divina, e que, ao mesmo tempo, conservasse os traços da personalidade do autor. Embora seja a Palavra do Senhor, é ao mesmo tempo, em certo sentido, a palavra de Moisés, ou de Paulo. “Deus nada fez a não ser pelo homem; o homem nada fez, a não ser por Deus. é Deus quem fala no homem, é Deus quem fala pelo homem, é Deus quem fala como homem, é Deus quem fala a favor do homem.” O fato de haver cooperação divina e humana na produção duma mensagem inspirada é bastante conhecido; mas "como" se processa esta cooperação é mais difícil de explicar. [NÃO SE EXPLICA, É SOBRENATURAL. Ex.: "E DISSE DEUS: AJUNTEM-SE AS ÁGUAS DEBAIXO DOS CÉUS NUM LUGAR, E APAREÇA A PORÇÃO SECA; E ASSIM FOI" Gênesis 1.9]
Se o entrosamento de mente e corpo já é um mistério demasiado grande, mesmo para o homem mais sábio; quanto mais não é o entrosamento do Espírito de Deus e o espírito do homem!

4°. Completa e não somente parcial.
Segundo a teoria da inspiração parcial, os escritores seriam preservados do erro em questões necessárias à salvação dos homens, mas não em outras matérias como sejam: história, ciência, cronologia e outras semelhantes. Portanto, segundo essa opinião, seria mais correto dizer que “A Bíblia contém a Palavra, em lugar de dizer que é a Palavra de Deus”. Essa teoria nos submergiria num pântano de incertezas, pois quem pode, sem equívoco, julgar o que é e o que não é essencial à salvação? Onde está a autoridade infalível que decida qual parte é a Palavra de Deus e qual não o é? E se a história da Bíblia é falha, então a doutrina também o é, porque a doutrina bíblica se baseia na história bíblica. Finalmente, as Escrituras mesmas reivindicam para si a inspiração plenária. Cristo e seus apóstolos aplicaram o termo "Palavra de Deus" a todo o Antigo Testamento.

5°. Verbal e não apenas de conceitos.
Segundo outra teoria, Deus inspirou os pensamentos, mas não as palavras dos escritores. Isto é, Deus inspirou os homens, e deixou ao critério deles a seleção das palavras e das expressões. Mas a ênfase bíblica não está nos homens inspirados, mas sim nas palavras inspiradas. “Havendo antigamente falado aos pais pelos profetas” (Hebreus 1.1). “Homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.21). Ainda mais, é difícil separar a palavra do pensamento; um pensamento é uma palavra antes de ser ela proferida. (não comeceis a dizer em vossos corações; o tolo disse em seu coração); uma palavra é um pensamento ao qual se deu expressão. Pensamentos divinamente inspirados naturalmente teriam sua expressão em palavras divinamente inspiradas. Paulo nos fala de “palavras ensinadas pelo Espírito” (1Co 2.13). Finalmente, uma simples palavra é citada como sendo o fundamento de doutrinas básicas. (João 10.35; Mt 22.42-45; Gál. 3.16; Hb 12.26,27.) Precisamos fazer distinção também entre a revelação e a inspiração. Por revelação queremos dizer aquele ato de Deus pelo qual ele dá a conhecer o que o homem por si mesmo não podia saber; por inspiração queremos dizer que o escritor é preservado de qualquer erro ao escrever essa revelação. Por exemplo, os Dez Mandamentos foram revelados, e Moisés foi inspirado ao registrá-los no Pentateuco. A inspiração nem sempre implica revelação; por exemplo, Moisés foi inspirado a registrar eventos que ele mesmo havia presenciado e que dessa maneira estavam dentro do âmbito do seu próprio conhecimento. Distingamos também entre as palavras inspiradas e os registros inspirados. Por exemplo, muitos dizeres de Satanás são registrados nas Escrituras e sabemos que o diabo certamente não foi inspirado por Deus ao proferi-los [É O MESMO QUE DIZER QUE DEUS NÃO É SOBERANO, ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO O SENHOR JÁ SABIA  E TINHA O CONTROLE DAS PALAVRAS DITAS NÃO SÓ POR ELE COMO EM TUDO E EM TODOS]; mas o registro dessas expressões satânicas foi inspirado.

SOLA SCRIPTURA
As palavras “sola scriptura” são do latim: “sola” tem a idéia de “somente”, “chão”, “base”, e a palavra “scriptura” significa “escritos” – em referência às Escrituras. Sola scriptura significa que somente as Escrituras são autoridade de fé e prática do cristão. A Bíblia é completa, dotada de autoridade e verdadeira (2Timóteo 3.16). Os reformadores reafirmaram a supremacia da Escritura sobre a tradição. Todas as doutrinas e ensinos forâneos à Escritura devem ser rejeitados. A Bíblia não é um entre os muitos livros sagrados, ela é a eterna e infalível Palavra de Deus. Sua origem é divina, seu conteúdo é infalível, sua mensagem é salvadora. A Bíblia é a voz de Deus em linguagem humana. É o depositário de toda vontade de Deus para o homem. João Calvino afirmou que a Escritura é a escola do Espírito Santo na qual nem se tem deixado de por coisa alguma necessária e útil de conhecer, nem tampouco se ensina mais do que o que é preciso saber. A Bíblia é o livro por excelência inspirado por Deus, escrito pelos homens [HOMENS PIEDOSOS], concebido no céu, nascido na terra, odiado pelo inferno, pregado pela Igreja, perseguido pelo mundo e crido pelos cristãos. Este livro bendito tem algumas características singulares.

A Palavra de Deus é a única autoridade para a fé cristã. As tradições são válidas apenas quando são baseadas nas Escrituras e estão em total concordância com as Escrituras. As tradições que estão em contradição com a Bíblia não vêm de Deus e não constituem em um aspecto válido da fé cristã. Sola Scriptura é a única forma de evitar que a subjetividade e a opinião pessoal tirem a prioridade dos ensinamentos da Bíblia. A essência da Sola Scriptura é basear sua vida espiritual somente na Bíblia, e rejeitar qualquer tradição ou ensino que não esteja em completa concordância com a Bíblia. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Timóteo 2.15) ACF
. Argumentação Bíblica Para o Conceito de Sola Scriptura:
1°.
As Escrituras são a infalível Palavra de Deus escrita (Mateus 5.17-18; 22.29; João 10.35; 1Timóteo 5.18b; 2Tm 3.16-17; 2Pedro 1.20-21; 3.16; Apocalipse 22.18-19).
2°. As Escrituras são a única Palavra de Deus verbal, infalível, e publicamente acessível.
a. A pregação oral dos próprios apóstolos estava sujeita às Escrituras, e eles próprios instruíram que deveriam ser rejeitados quaisquer ensinamentos contrários às Escrituras cf. (At 17.11; Gl 1.8-9).

b. Os documentos do Novo Testamento produzidos no final da era dos apóstolos instruem cristãos a se lembrarem das palavras dos profetas (Antigo Testamento) e apóstolos (Novo Testamento), e não a buscarem a Palavra de Deus em outros pregadores ou mestres supostamente inspirados cf. (Hb 2.2-4; 2Pe 2.1; 3.1-3; Jd 3-4; 17).

c. O Novo Testamento indica explicitamente que os ofícios de apóstolos e profetas existiram na primeira geração da igreja cristã.
As considerações acima excluem qualquer possibilidade de que possa haver apóstolos e profetas nos nossos dias, produzindo novas revelações e Escrituras.

3°. Somente os ensinamentos bíblicos que dizem respeito ao conhecimento salvífico de Deus podem ser considerados obrigatórios para a fé de todos os cristãos.

a. As Escrituras ensinam tudo que é necessário para a salvação e para a obediência à vontade de Deus (2Tm 3.15-17), e, portanto, doutrinas e práticas que não estão claramente fundamentadas nas Escrituras não podem ser impostas à Igreja.

b. Não se pode permitir que diferenças que não afetam fundamentalmente o relacionamento de uma pessoa com Deus em Cristo causem divisões nocivas ao corpo de Cristo cf.
(Rm 14).

A própria Bíblia incentiva o livre exame das Escrituras:
a) Neemias 8.3
–“E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei” - ACF

b) Efésios 3.4 – Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo” - ACF

c) II Timóteo 3.15 – E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” - ACF

d) Mateus 24.15 –
Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; (quem lê, atenda)” - ACF

e) Mateus 21.42 – “Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras.....” - ACF

f) I João 2.20 –
E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo” - ACF

g) João 5.39 Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” - ACF

h) I João 2.27 –
E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis” - ACF

1°. SUA INSPIRAÇÃO
A Inspiração e Infalibilidade das Escrituras
Agora precisamos definir com mais clareza o que é inspiração – pois ela é a base para a autoridade da Bíblia e para nossa confiança nela. O que queremos dizer é que o Espírito de Deus supervisionou o processo de escrituração da revelação de tal maneira que:
·        Tudo o que os autores humanos escreveram é verdadeiro. Isto se estende até a escolha das palavras.
·        Eles foram preservados de registrar informações e conceitos errados, geográficos, históricos, morais ou espirituais.
·        Não podemos separar informações históricas de doutrinas. Ex: a ressurreição de Jesus é um evento histórico e o ponto doutrinário central.
·        Portanto, a Bíblia é a própria Palavra de Deus, confiável e autoritativa e infalível e inerrante.
Toda a Escritura é inspirada por Deus. Ela não é fruto da lucubração humana, mas da revelação divina. Ela não procede de homens, mas de Deus. Por isso, nenhum homem, Igreja ou concilio tem autoridade para acrescentar a ela coisa alguma ou dela retirar sequer uma palavra. O liberalismo teológico tenta esvaziar a Bíblia do seu conteúdo infalível. Com sua loucura desvairada ele esforça-se para dizer que a Bíblia está eivada de erros e contradições e assim, rejeita partes dela como incompatíveis com a razão humana.
Já o misticismo pragmático, contraditoriamente, ao mesmo tempo em que diz crer na Bíblia busca revelações forâneas a ela. Ambos, liberalismo e misticismo estão em desacordo com o ensino da Escritura.

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pedro 1.19-21) ACF

2°. SUA AUTORIDADE
A Bíblia é a suprema autoridade em questão de fé e conduta. Ela é a nossa única regra de fé e prática. A autoridade da própria Igreja não procede de qualquer Igreja ou concílio. A autoridade da própria Igreja precisa estar debaixo da autoridade da Escritura. Nenhum dogma ou experiência pode ser aceito se não tiver base na Palavra de Deus. A Bíblia não apenas contém a Palavra de Deus, ela é a Palavra de Deus. Ela não precisa despertar no homem qualquer sentimento ou desejo para tornar-se Palavra de Deus. Sua autoridade não vem de fora, mas de sua própria origem e conteúdo. A Bíblia não tem uma opinião ou uma palavra sobre as questões vitais que aborda, mas a verdade última, final e absoluta.

“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119.105) ACF

3°. SUA INERRÂNCIA
A Bíblia não contém erros. Ela é infalível em sua mensagem e inerrante em seu conteúdo. Ela tem saído incólume de todos os ataques: tem vencido a fogueira dos intolerantes e triunfado sobre a prepotência dos críticos arrogantes. A Bíblia é a bigorna de Deus que tem quebrado todos os martelos dos céticos. A enxada e a pá dos arqueólogos desmentem a falsa sapiência daqueles que se insurgiram contra sua infalibilidade.

“Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiuça a pedra?”
(Jr 23.29) ACF

4°. SUA SUFICIÊNCIA
A Bíblia é absolutamente suficiente para nos ensinar, exortar e equipar para conhecermos a vontade de Deus e obedecê-la. Buscar outros meios fora da Escritura como profecias, revelações, sonhos e visões está em total desacordo com o ensino da própria Escritura. Não podemos aceitar a autoridade da Bíblia e ao mesmo tempo corrermos atrás de outras fontes para conhecermos o que Deus tem para nós. Eis o que diz o Artigo V da Confissão da Igreja Reformada da França, adotada em 1559:
"Não é lícito aos homens, nem mesmo aos anjos, fazer, nas Santas Escrituras, qualquer acréscimo, diminuição ou mudança. Por conseguinte, nem a antiguidade, nem os costumes, nem a multidão, nem a sabedoria humana, nem os pensamentos, nem as sentenças, nem os editos, nem os decretos, nem os concílios, nem as visões, nem os milagres, devem contrapor-se as estas Santas Escrituras; mas, ao contrário, por elas é que todas as coisas se devem examinar, regular e reformar."

CONCLUSÃO
. As Escrituras são, por definição, a única Palavra de Deus escrita, e a única expressão verbal das verdades de Deus publicamente acessível, visível, e infalível no mundo. Somente aquelas verdades sobre a natureza de Deus e nosso relacionamento salvífico com Ele que são claramente ensinadas nas Escrituras, ou claramente derivadas dos ensinamentos das Escrituras, são necessárias à fé dos cristãos. 
·   A Bíblia foi concebido no Céu, produzida na Terra, odiada pelo inferno, amada na Igreja. É a bússola de todos [SÓ DOS REMANESCENTES] cristãos.
·        A Bíblia é a biblioteca do Espírito Santo, Ela é mais doce do que mel cf. (Salmos 119.103).
·     Deus vigia a sua Palavra para se cumprir, e a sua Palavra não volta para Ele vazia cf. (Jeremias 1.12; Isaías 55.11; Provérbios 30.5-6). 

- “E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la” (Jr 1.12) ACF
- “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.11) ACF
- “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso” (Pv 30.5-6) ACF

·  A Palavra de Deus: Ela participa dos atributos do próprio Deus. Ela é viva e plena de atividade e poder de realização.
Nela o próprio Deus acha-se ativo, pelo que ela jamais deixa de produzir resultado: traz salvação ou julgamento. Ela penetra até o mais íntimo do ser do homem, como se fosse um bisturi dissecador, e força uma aberta e radical divisão e distinção entre as coisas que diferem na vida humana. Põe sob juízo os pensamentos e as idéias da mente e da vontade humanas. Ela é o "crítico" (gr. kritikos) (apta para discernir) pelo qual somos julgados. Confrontado por ela, o homem é confrontado por Deus, perante a qual nada pode ser ocultado. De fato a Palavra de Deus nos deixa cônscios de que todas as coisas estão descobertas e patentes, plenamente expostas ao olhar perscrutador de Deus. E é justamente a Ele, o Deus onde se originou essa Palavra, que todos quantos ouvem-na (gr. logos) terão de finalmente dar uma resposta com sua própria palavra ou "prestação de contas" (gr. logos).
 
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”
(Hebreus 4.12) ACF.

 Ela também é uma Espada: “... e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6.17) ACF

. Testemunho de Jesus Cristo sobre as Escrituras - Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do universo por Deus (Marcos 13.19), a criação do homem (Mateus 19.4,5), a existência de Satanás (João 8.44), o dilúvio (Lucas 17.26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lucas 17.28-30), a revelação de Deus a Moisés na sarça (Marcos 12.26), a dádiva do maná (João 6.32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mateus 12.39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser aceito como verdadeiro.
. "A Bíblia é a fonte primária pela qual conheceremos a Deus, seu plano e sua vontade, desconhecê-la é desconhecer a Deus, negligenciá-la é negligenciar a vontade de Deus. Portanto, leia [EXAMINE, COMA-A; MASTIGUE, caso contrário não chegará a lugar algum] a Bíblia e conheça a Deus!"
. Nenhuma visão ou revelação contemporânea [OU DE TEMPOS PASSADOS] possui a mesma qualidade e valor da Revelação expressa nas Sagradas Escrituras, insubstituível e imutável cf. (Ap 22.18,19; Pv 30.5-6). [REFUTO - O DESPREZO POR NÃO CREREM E NÃO ACEITAREM AS PROFECIAS, REJEITAM O PRÓPRIO DEUS E SUA PALAVRA - A PROFECIA BÍBLICA É A MAIOR DAS PROFECIAS, VISÕES OU REVELAÇÕES EM QUALQUER ÉPOCA -  Pv 29.18 NÃO HAVENDO PROFECIA, O POVO PERECE; PORÉM O QUE GUARDA A LEI, ESSE É BEM AVENTURADO. - 1 Ts 5.20 NÃO DESPREZEIS AS PROFECIAS - A PROFECIA É UM DOM ESPIRITUAL Ver 1 Co 12.7-11,31  - 14.1 SEGUI O AMOR, E PROCURAI COM ZELO OS DONS ESPIRITUAIS, MAS PRINCIPALMENTE O DE PROFETIZAR 3 MAS O QUE PROFETIZA FALA AOS HOMENS PARA EDIFICAÇÃO, EXORTAÇÃO E CONSOLAÇÃO. 4 ...MAS O QUE PROFETIZA EDIFICA A IGREJA. 12 ASSIM TAMBÉM VÓS, COMO DESEJAIS DONS ESPIRITUAIS, PROCURAI ABUNDAR NELES, PARA EDIFICAÇÃO (O APERFEIÇOAMENTO) DA IGREJA. 31 PORQUE TODOS PODEREIS PROFETIZAR, UNS DEPOIS DOS OUTROS; PARA QUE TODOS APRENDAM, E TODOS SEJAM CONSOLADOS. 39 PORTANTO, IRMÃOS, PROCURAI, COM ZELO, PROFETIZAR, E NÃO PROIBAIS FALAR LÍNGUAS. Ap 19.10c ADORA A DEUS; PORQUE O TESTEMUNHO DE JESUS É O ESPÍRITO DE PROFECIA. Joel 2.28 E HÁ DE SER QUE, DEPOIS DERRAMAREI O MEU ESPÍRITO SOBRE TODA A CARNE, E VOSSOS FILHOS E VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO, OS VOSSOS VELHOS TERÃO SONHOS, OS VOSSOS JOVENS TERÃO VISÕES (ESSA PROMESSA É PARA ANTES QUE VENHA O GRANDE E TERRÍVEL DIA DO SENHOR v.31)].
. Visões ou revelações não podem ser entendidas como a forma mais eficiente de Deus indicar a Sua vontade e orientar o Seu povo. A Bíblia é a fonte de descobertas da vontade do Senhor, e a bússola precisa para dirigir os santos. Além desse instrumento útil (2 Tm 3.16,17), o povo de Deus desfruta da ação do Espírito Santo em sua vida, aclarando a Palavra ao espírito humano e guiando-o a toda verdade (Jo 16.13).
. É a operação divina que garante a permanência da Palavra Escrita, com base na aliança que Deus fez acerca de Sua Palavra Eterna cf. (Sl 119.89,152; Mt 24.35; 1Pe 1.23; Jo 10.35). Os céus e a terra passarão (Hb 12.26,27; 2Pe 3.10) mas a Palavra de Deus permanecerá (Mt 24.35; Hb 12.28; Is 40.8; 2Pe 1.19). A preservação das Escrituras, como o cuidado divino para a sua criação e formação do cânon, não foi acidental, nem incidental, mas sim o cumprimento de uma promessa divina. A Bíblia é eterna, ela permanece porque nenhuma Palavra que DEUS tenha dito pode ser removida ou abalada; nem uma vírgula ou um ponto do testemunho divino pode passar até que seja cumprido. “Quando pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto especial de infindável perseguição, a maravilha da sua sobrevivência se transforma em milagre... Por dois mil anos, o ódio do homem pela Bíblia tem sido persistente, determinado, incansável e homicida. Todo esforço possível tem sido feito para corroer a fé na inspiração e autoridade da Bíblia, e inúmeras operações têm sido levadas a efeito para fazê-la desaparecer. Decretos imperiais têm sido passados ordenando que todas as cópias existentes da Bíblia fossem destruídas, e quando essa medida não conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra de Deus, ordens foram dadas para que qualquer pessoa que fosse encontrada com uma cópia das Escrituras fosse morta.” (Arthur W. Pink. The Divine Inspiration of the Bible = A Inspiração Divina da Bíblia).

A Bíblia permanece até hoje porque o próprio Deus tem se empenhado em preservá-la. Quando o rei Jeoiaquim queimou um rolo das Escrituras, Deus mesmo determinou a Jeremias que reescrevesse as palavras que haviam sido queimadas cf. (Jr 36.27,28), e ainda determinou maldições sobre o rei, por haver tentado destruir a Palavra de Deus (Jr 36.29,31). Ademais Deus acrescentou ao segundo rolo outras palavras que não se encontravam no primeiro (Jr 36.32), pois a Palavra de Deus sempre há de prevalecer sobre a palavra do homem (Jr 44.17,28; At 19.19,20). Deve ficar esclarecido que Deus tem preservado apenas a Sua Palavra inspirada, aquilo que deve ser considerado como revelação de Deus. Hoje a estratégia de Satanás sobre a Palavra de Deus é diferente, pois já que ele não consegue destruí-la, procura desacreditá-la (negando sua inspiração) e  corrompê-la com interpretações pervertidas da verdade (ITm 4.1,2; 2Ts 2.9-12). A nós, pois como igreja, cabe a responsabilidade de defender e preservar a verdade (1Tm 3.15) com o mesmo anseio que caracterizava a vida de Paulo (Fp 1.7,16).
. A Bíblia é mesmo exclusiva, pois ela é a única fonte adequada e com autoridade divina pela qual podemos obter informações acerca das coisas espirituais e pertencentes à salvação. Portanto, ela não autoriza nenhuma outra fonte, nem experiências particulares vividas por quem quer que seja. Muito embora Deus se revele através da sua imagem em nós consciência cf. (Rm 2.14-15) e das coisas criadas cf. (Rm 1.19-20), entretanto é através de sua revelação especial nas Escrituras que temos uma forma segura o conhecimento do mundo invisível e espiritual que nos cerca. A Bíblia é plenamente suficiente e capaz de nos revelar todo o conhecimento que precisamos ter nesse mundo acerca de Deus e do Seu plano para o homem, dando condições para que sejamos habilitados para o serviço cristão. A Bíblia é o alimento espiritual que saciará nossa alma e afastará nosso corpo do pecado. 


Os Cristãos Primitivos Usavam Somente as Escrituras para Determinar a Verdade:

Paulo - Atos 17.2: “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras” - ACF

Atos 18.28: “Porque com grande veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo” - ACF

Os Bereanos - Atos 17.11: “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” - ACF

Ainda que os apóstolos foram inspirados por Deus e chegaram a transmitir isto por algum tempo de forma oral, os bereanos foram direto nas Escrituras para determinar a verdade final. A Tradição oral é sem valor sem o testemunho das sagradas Escritura! Diferente dos bereanos, os católicos nunca deixariam você procurar a verdade final nas Escrituras porque acreditam que sem a interpretação final da sua igreja através da tradição oral você não pode compreendê-la. Mas veja que Paulo não censurou aqueles cristãos, antes foram elogiados por Lucas como "mais nobres" do que os outros por aderirem ao princípio do Sola Scriptura.

a) A Igreja estava envolvida com as Escrituras
“Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (1Tm 4.13) ACF

b) As Escrituras é compreensível até mesmo para uma criança
“E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2Tm 3.15) ACF

c) Leia e você entenderá...
O homem natural não pode ter uma compreensão plena das Escrituras, sem a iluminação do ESPÍRITO SANTO.
Quando a Palavra é iluminada pelo ESPÍRITO SANTO, Ela traz Salvação e Arrependimento de Pecados:

“...e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, Assim não abriu a sua boca. Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus. E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (At 8.27-38) ACF

Pois escrevemos a vocês somente o que vocês podem ler e entender. Agora vocês nos entendem só em parte, mas espero que cheguem a nos compreender completamente, para que, no Dia do nosso Senhor Jesus, vocês tenham orgulho de nós, como nós temos de vocês.

d) Devemos ficar somente com o que está escrito
“E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro” (1Co 4.6) ACF

e) As Escrituras são suficientes para qualquer área da nossa vida
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2Tm 3.16-17) ACF

f) Se porventura existisse somente os escritos de João, ele sozinho seria suficiente para mostrar a salvação em Jesus Cristo.
- “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31)ACF
- “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (1Jo 5.13)ACF

g) Somente as Escrituras trazem esperança e gozo
“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm 15.4)ACF

. “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39)

“Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8)ACF

 “E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”
(2Tm 3.15-17)ACF

SOLA SCRIPTURA – Somente as Escrituras

Israel Reis <israelzaca@terra.com.br>

Fonte:
CACP – Centro Apologético Cristão de Pesquisas
Bíblia Almeida Corrigida Fiel – (SBTB)
Myer Pearlman – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – ed. vida


PS. A FOTO DA BÍBLIA E TODO TEXTO EM COR VERDE ENTRE COLCHETES É DA AUTORIA DESTE BLOG.



Nenhum comentário:

Postar um comentário